Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo.



=> Marília


Acabei agora de atender a Marília, que conheci pelo msn. Eu gozei primeiro, e depois ela deu uma gozada gostosa comigo! Detalhes eu dou numa outra hora mais calma.

Paula Lee


=> Planos para a passagem de ano


Não vou viajar. Passaria o ano novo com o Dr.J., mas consegui cancelar a tempo. Por coincidência, também aconteceu um imprevisto com ele, e por isso nem chateou-se, ficando até um tanto aliviado, quando eu disse que já não poderíamos passar a virada do ano juntos.

Com aquilo que aconteceu com o primo do Gatito, única parte da sua família cá, convidei-o para passar o ano novo comigo. Não devia, porque corro o risco de apaixonar-me, mas faz-me imenso bem estar com pessoas fora do meu "habitat de trabalho", pelo menos numa data importante como esta. Pelo menos ambos temos a consciência de que será algo passageiro.

E talvez, caso o novo advogado do primo dele seja bom, este também venha. Ainda tenho que ligar-lhe para deixar aberto o convite.

Amanhã já não trabalho, ou talvez apenas atenda o Sr.M., caso ele me acompanhe nas minhas compras. Ontem já fui num mercado e comprei a maior parte do que eu preciso para preparar um bom jantar, mas ainda me faltam algumas coisas, que só encontrarei num supermercado. E além disso ainda tenho hora no cabeleireiro.

Hoje ainda tenho que acabar de arrumar a casa e passar roupa, fazer as unhas e trabalhar mais um bocadinho no meu novo site, tudo isso entre um cliente e outro.

Paula Lee

.


=> Uma semana antes do Natal



Meio dia e qualquer coisa o telemóvel, que estava do meu lado, começou a tocar. Havia dormido depois das 4 da manhã na última noite. Era um número identificado. Pensei logo que o gajo estaria desesperado, pois me ligou 9 vezes. E depois tocou mais duas vezes, com número não identificado. Mas não dei a mínima, virei-me para o canto e voltei a adormecer.

Levantei-me alguns minutos depois. Perto da uma da tarde o gajo liga novamente. Confessei-lhe que acabava de acordar, e que só poderia atendê-lo por volta das 2 da tarde. Ele concordou, dizendo que uns quinze minutos antes ligava para confirmar. Educado, muito educado.

Nem tinha tomado banho e o telefone tocou novamente. Era um cliente que dizia me conhecer, e queria estar logo comigo. Avisei que era impossível, pois ainda tinha que tomar banho, tomar o pequeno almoço, trocar as roupas de cama, etc. Perguntou se podia atendê-lo à uma, e eu disse que não, porque já só faltavam 15 minutos. Avisei-o que já tinha um cliente para às 2. Ele disse que viu no jornal o meu outro preço, o de ejaculação precoce, e que seria para esse tempo. Eu disse que só atenderia se ele realmente tivesse ejaculação precoce, então marcamos para a 1:30. Não estava conseguindo me lembrar quem ele era, e inclusive salientei que pelo telefone ele tinha uma voz rude. Mas ele garantiu-me que era um bom cliente, mas isso não me diz nada, porque todo homem acha que é um bom cliente, até mesmo os ruins. Mas lá concordei em atendê-lo, porque ainda estava com sono e com preguiça de debater pormenores para me lembrar quem era o gajo. Disse que era o C. «Quantos clientes você acha que eu tenho com esse nome?» - eu tive contade de perguntar.

Ele atrasou-se, chegando quase 13:40. Afinal, era mesmo um bom cliente - do tipo meiguinho e educado - ele não me enganou. É a quarta ou a quinta vez que ele vem fazer programa comigo, mas nunca me lembro quem ele é. E logo eu que sou tão boa em gravar detalhes! Para alguns clientes, basta eu ligar o nome à profissão para já saber quem são. Ou outros pequenos detalhes, mas muito significantes. Prefiro sempre saber quem é antes, para preparar-me psicologicamente. Ou, no caso de ser um cliente ruim, para lembrar-me de inventar que estou no período. É verdade, eu confesso. Tem homem que me liga toda a semana e toda a semana eu digo para ele que estou no período. ( Porque nem sempre me lembro qual foi a última vez que ele me ligou, então essa desculpa é a mais rápida que eu consigo ). Quando enfim ele saca que isso é impossível, eu, cínica do caralho, digo: «E não é? Já estou até preocupada com isso e acho que tenho que ir num médico. Isso já virou uma hemorragia!»

Esse gajo, o tal C., não tem nada de muito significante que o diferencie dos outros. Tem um nome comum, um trabalho convencional, ejaculação precoce como muitos outros, uma pila normal. O que me faz lembrar-me dele, para ser muito sincera agora, é o seu nariz. Ele tem um nariz enorme, que parece ficar ainda maior, acompanhado pelo bigode fino. Mas não pense você que com isso ele seja um gajo feio, apesar de eu detestar bigode e achar que é a coisa mais nojenta e fora de época. Ele é tão simpático que fica bonito. E é alto, meigo, delicado na cama. Para alguns clientes eu dou uma dica, para que sempre consigam estar comigo ( tem dia que eu só atendo clientes habituais ). Aviso-lhes como devem se apresentar no telefone para logo eu saber quem são. Mas esse gajo não tem como. Eu não poderia ínstruí-lo a dizer: «É o C, aquele do nariz longo». Seria de péssimo gosto, ainda mais para uma pessoa tão querida como ele.

Me pagou pela ejaculação precoce... e teve ejaculação precoce. Anteriormente sempre me pagava por meia hora, e em compensação eu sempre fazia com que ele conseguisse se demorar mais um bocado. Mas dessa vez não deu; primeiro pelo dinheiro que estava me pagando, e depois porque, além de ter se atrasado quando chegou, eu ainda tinha um cliente a seguir, e ele sabia disso.

Ainda antes de atendê-lo, o telefone tocou na sala. Suspeitei logo que era o gajo das 9 ligações, que ficou de ligar 15 minutos antes. E era. E eu não consegui atender a tempo. Mas por sorte ele ligou a seguir e eu avisei que estava ocupada, mas que às 2 em ponto poderia atendê-lo.

O C. começou a se vestir, e lembrou-se do dia em que eu lhe fiz uma massagem, que ele adorou. E disse ter pena por não ter dinheiro para fazer mais programas como aquele. Prometeu que agora viria mais vezes, para o programa de ejaculação precoce. Antes de sair, me deu uma gorjeta.

O gajo dos 9 telefonemas ligou por volta das às 14:04, e eu dei-lhe as indicações. Era um tipo novo, calculei, mas disse-me já ter 32, ou seja, 10 anos mais velho do que aquilo que eu imaginava. Vinha de uma cidade que fica nos arredores de Óbidos, e estava aqui na cidade desde cedo, de propósito para estar comigo. Primeiro disse que me procurou porque estava curioso, já que era a primeira vez que recorria a um serviço de uma acompanhante. Como a curiosidade é para mim um motivo muito fraco - e inclusivamente desprezível - ele disse que me procurou porque estava carente e precisava de relaxar. Tem dois empregos e uma empresa em sociedade com um amigo, ou seja, a vida dele é puro stress. Além disso, está resolvendo todos os detalhes da construção da casa. Quando disse que estava a fazer uma casa, calculei logo que iria se casar. E acertei, porque mão é muito comum ver um homem construindo uma casa sem ser essa situação, a não ser que ele seja construtor.

Primeiro nos abraçamos e despimos, e ele disse que eu era muito linda. Suas mãos me apalparam toda, e sua língua me deixou molhadinha de tesão quando percorreu meus seios. Depois ele ficou brincando com os dedinhos no meu clitóris, enquanto eu com as mãos por dentro dos seus boxers acariciava seu pénis e seus tomates.

Estava deitada na cama quando coloquei-lhe o preservativo, e ele estava na minha frente, de joelhos. Disse que eu não ia conseguir daquele jeito, mas consegui.

Deu várias metidinhas, em várias posições, mas não demorou muito. Ia ficar uma hora, mas só tinha dinheiro para 50 minutos. Devolvi-lhe 10€, porque o programa tinha acabado antes de meia hora, e ficar por 50 minutos não seria muito vantajoso para ele, porque só a partir de uma hora que ele pode ter uma segunda relação.

Antes de ir embora, eu disse-lhe que, para uma primeira vez, não tinha se saído mal.

Mais tarde, recebi um e-mail dele que assim dizia:



«Estive hoje com você e tenho que lhe dizer que superou tudo o que esperava. Estava muito nervoso (com o coração as 220 por minuto) por ser a minha 1ª vez, pelo menos consigo ;). E pensava que iria conhecer alguém com frieza tal que não desse grande gozo... Mas surpreendeu-me!!! Muito bom!!! Assim todas as outras mulheres conhecessem este exemplo de mulher quente e boa na cama!!! O mundo seria muito mais bem-humorado e talvez com menos guerras!!!Amor, Paz e um Natal feliz para você Paula.

PS: quando cheguei a casa fui direitinho à net para visitar o seu blog... Está demais... Aquelas respostas às sms's são mesmo de escorpião . Assim mesmo é que é, para sms's parvinhas - resposta na hora... As publicações e as dicas também estão muito boas... Parabens!!!Voltarei!!!Beijinhos.»


A maioria dos meus programas correm muito bem. Um programa corre mal quando as expectativas minhas e dos clientes são diferentes. Existem acompanhantes para todos os tipos de gostos e estilos. O que faz um gajo procurar uma acompanhante é a especialidade dela. A minha especialidade por exemplo é a forma carinhosa e atenciosa que eu atendo o cliente, mas, como é óbvio, ele deve fazer por merecer. Se um gajo chegar arrogante, achando que tem o rei na barriga, ou achando que eu devo ser submissa às suas vontades apenas porque ele está me pagando, possivelmente o programa será uma autêntica merda. Isso é, se o programa acontecer, porque tem gajos que nem por dinheiro nenhum do mundo eu permito que toquem no meu corpo. Não é porque eu faço esse tipo de trabalho que eu sou obrigada a topar qualquer tipo de gente.

É importante para o indivíduo, quando procura por uma garota de programa, certificar-se pelo telefone se ela irá satisfazer aquilo que ele procura naquele momento. Dominação por exemplo já fiz algumas vezes, mas não é o meu ponto forte, apesar de conhecer muito bem essa prática teoricamente, por isso não é muito comum me procurarem por isso. Há oferta e procura para tudo que é imaginável e inimaginável.

Um exemplo de foda que não dá certo? Quando você tem as suas condições e o gajo quer convencer-te a fazer coisas das quais não é adepta, ou que vão contra os seus princípios. Há ainda quem perca o seu tempo com isso. A garota de programa tem as suas próprias condições, e só cabe ao cliente respeitar essas mesmas condições, sem questioná-las. Se quer algo diferente, há quem faça, não há necessidade de tentar persuadir alguém que não faz.

Por isso que eu adoro meus clientes. Não continuariam meus clientes se não respeitassem minhas condições, meu corpo e minha alma. Quem quer um corpo sem alma, que compre uma boneca insuflável.




Paula Lee


=> Destaque


Entre vários e-mails maravilhosos que recebi - obrigada a todos - havia um que me informava que esse blog era um dos destaques no site Portugal Vinte Valores ( http://www.algarve-pt.org/vinte-valores/. )



[Terapeuta Sexual - (O diario de uma...) Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo. Simplesmente belo! Muito bem escrito.]



Esse site selecciona as melhores páginas em português. Já fui conhecer algumas, e realmente são de grande qualidade.

«"...Existe vida inteligente na Net!"

As páginas que se seguem são sem dúvida, algumas das melhores em língua portuguesa.
Foram criteriosamente seleccionadas e merecem ser visitadas.
333 links de excepcional qualidade

Contra o anetfabetismo!»



Mesmo tendo consciência de que tenho que melhorar muito no que diz respeito à língua portuguesa, é uma honra fazer parte dessa selecção.

Paula Lee


=> 'Pós-Natal'


Esse Natal foi uma verdadeira caixinha de surpresas.

E foi delicioso. Apesar de algum alvoroço, foi uma maravilha.

Pensei até em aproveitar para trabalhar, mas estava tão gostoso aquele clima de envolvência e amizade que acabei preferindo desligar o telefone, só ligando por alguns minutos para ler algumas mensagens natalinas. E acabei voltando um dia depois do previsto.

Aconteceram algumas coisas ruins.

A primeira delas foi a grande briga, depois da festa de Natal, no dia 24 para o dia 25, da minha amiga M. com o namorado dela. Estava na cama com o Gatito, um amigo deles, quando de repente a M. entra no quarto a chorar, dizendo que o namorado havia lhe dado um tapa na cara. Ela nunca havia me contado que ele batia-lhe, mas eu já tinha ouvido comentários. Acalmei-a, e aconselhei que dormisse conosco. Entretanto, como estava bêbada e também gostava de provocar, foi no quarto onde ele dormia e chamou-o de paneleiro. Voltou para o nosso quarto e estava na cama, quando de repente ele entra, alvoraçado, pega-a no colo violentamente, querendo levá-la para fora, exigindo que saísse da casa dele. Logo levantei-me da cama e puxei pela cintura dela, puxando-a para mim e dizendo para que ele a largasse. O Gatito segurou no namorado da M., mas ele não parava de puxar-lhe o cabelo. Juro que tive vontade de bater no gajo! Ela é minha amiga mas eu sei os defeitos dos meus amigos também - assim como sei os meus - e sei que ela provocou, mas nada justifica a violência! O Gatito conseguiu acalmar a situação. Nisso o primo do Gatito, que até então estava dormindo no colchão desse mesmo quarto, acabou acordando, meio abobado com aquilo que acontecia.

A M. batia o pé que iria ficar ali, e dormiria até o dia seguinte, mas eu disse para ela que iríamos embora, e que, se ela tivesse pelo menos um pingo de vergonha na cara teria que ir comigo. Eu tremia, de tanto nervoso. Não havia mais táxi, e nem cogitaria a hipótese de ligar para o T.C., o gajo que me levou para o Fundão. Ele já havia estado conosco na festa - aliás, ele não saiu do meu pé desde o momento que me levou - e quando foi embora perguntou se eu queria ir e eu disse que ficaria. Apenas levou a P. e o namorado dela, e nós ficamos.

Comecei a arrumar as nossas coisas e viemos embora, 6 da manhã, a pé. Sem que pedisse, o Gatito e o primo dele nos acompanharam. Estava frio e meu salto já fazia meu pé doer, mas tudo era preferível a ficar naquele lugar. Não suporto violência! No meio do caminho a M., que já tinha chorado e soluçado muito até então, cismou de dar um trago no charro do primo do Gatito. Eu tentei persuadi-la a não fazê-lo, mas depois disse que ela era maior e vacinada, pois sabia que não conseguiria convencê-la. Avisei-lhe que se ela ficasse doidona, iria enfiar a cabeça dela na privada quando chegássemos na casa da D. A sorte foi que a D. havia deixado a chave de casa comigo! Mas ela não ficou doidona, porque ele só deixou que ela desse um trago, e ela já estava demasiado bêbada.

Dia 25 a D. foi almoçar com a sogra, o marido e a filha. Fomos para o café, onde marcamos de encontrar às 15h com o Gatito e o primo dele, e ficamos lá a beber. A M. bebeu ainda mais, e ficou mais bêbada que no dia anterior. Conversei muito com ela sobre a situação passada. Apesar de nada justificar a violência, parte dessa culpa é dela. Uma mulher que deixa um homem bater-lhe uma vez, abrirá a oportunidade para que ele sempre o faça. Fui dura com ela, dizendo que, caso ela volte para ele, que não me conte, que eu não quero nem saber. «E se você voltar para ele, eu vou mandar você tomar no cu!» - eu disse-lhe, sabendo que sendo muito meiguinha ela não me ouviria. «E tem mais: se vocês voltarem e por acaso eu acabar vendo ele te bater de novo, eu volto nele e peço para que te bata mais, porque aí é falta de vergonha na cara tua!!!». Ela tem 10 anos a mais que eu, é bonita, meiga e muito querida, e não precisa de passar por isso.

Todos pareciam surpreendidos a me ver aos beijos com o Gatito. Já estive no Fundão algumas vezes, e sou conhecida por ser uma "mulher difícil". O W.G. ressaltou isso na festa na casa do ex da M., porque ele também tentara ficar comigo certa vez, mas o máximo que conseguiu tinha sido segurar na minha mão enquanto descíamos uma rua, para que eu não caísse. Os clientes pareciam surpresos, como se não fosse possível uma garota de programa estar com um homem simplesmente pelo prazer da companhia dele. Como se o normal fosse apenas ir para a cama com um gajo por dinheiro, ou andar com um gajo por dinheiro, mas iludindo-o com sentimentalidades. O Gatito não deixou que eu pagasse nada, nem mesmo que dividisse a conta das bebidas, e ainda pagou a conta da M. Quando nos viram sair juntos, fiquei sabendo que o T.C. disse para a D.: «Ele embriagou-a, coitada! Foi por isso que ele conseguiu levá-la». Mas durante todo esse tempo, apesar de também ter bebido, eu era a única que nunca ficou embriagada, que sempre estive sóbria e quem inclusive nunca acordou com ressaca no dia seguinte. Mas não foi só por parte de estranhos que veio a surpresa. Até a P. ficou admirada quando me viu com o Gatito. Ela sabe que sou muito selectiva - exageradamente selectiva - e nunca imaginava que um gajo como ele preenchesse os meus critérios. Por acaso preenchia os requisitos principais: bonito, simpático, inteligente, meigo, educado e pacífico.

A segunda parte ruim foi a cena que a M. aprontou, quando saímos do café, convidados pela P. e pelo namorado dela, o A.S., para irmos para a vivenda onde ele morava, para comemorar o resto do Natal. A M., já tri-bêbada, começou a fazer escândalo, batendo com o copo de whisky na mesa. A P. se chateou, porque a vivenda não é do namorado dela, mas do seu chefe, e isso podia incomodar os vizinhos. Chamei a M. para conversar, mas até a mim ela recusava. Coloquei um tom mais duro, de ordem, e ela teve que conversar comigo, enquanto a P. chorava perto da janela. Falei para a M. que ela estava fazendo tudo errado, que compreendíamos o seu sofrimento, mas que ela estava descontando justamente nas pessoas que mais gostavam dela. Explicar algo para alguém que está bêbado não é fácil, mas eu disse-lhe que ninguém estava querendo se meter na vida dela, porque no fundo, o que ela iria decidir a seguir só lhe competia, mas que nós estávamos lá com ela enquanto o namorado devia estar a rir-se nas suas costas. Então ela compreendeu. Mandei que pedisse desculpas à P. e ela o fez. No dia seguinte, quando já estava sóbria, ela ainda levou uma bronca da D. Falei com ela hoje umas 6 vezes, ela estava sóbria, pois tinha ido embora ontem, e parecia decidida a não voltar mais para o namorado.

A terceira parte ruim, aliás, péssima, foi que o primo do Gatito foi preso ontem. Estava no Acrópole com um amigo quando um policial - ou sargento, não sei - convidou-o para ir até a esquadra. Ainda não sabe-se exactamente do que está a ser acusado. Ouvi falar que era de vários crimes. Ouvi que era por ter estuprado uma policial e por assalto a um multibanco. Se estuprou, há como fazer um exame e provar. Se assaltou um multibanco, pelo que sei existem câmeras internas que também o provam. Entretanto, duvido que ele tenha feito isso, apesar de ser um gajo um pouco louquinho. Ele esteve conosco o tempo inteiro, sempre perto de mim e do Gatito a tocar violão ou a dançar. Só não esteve conosco quando fomos para a vivenda, porque tinha ido para uma outra festa com o "ex"-namorado da M. Era muito pouco tempo para ele ter cometido tantos crimes, porque ele só tinha chegado no sábado, pois antes vivia em Lisboa. Já arrumaram um advogado, mas ainda ninguém disse nada, e tudo o que sabemos são boatos. O que sabe-se é que ele vai permanecer preso durante três meses, até o julgamento, sem sabermos ao certo por qual crime ele está ali preso. O Gatito conversou com ele, e disse que ele não fez nada, pois conhece-o desde a infância e sabe que sempre que ele apronta algo acaba lhe contando. Parece-me apenas um gajo que gosta muito de curtir a vida, por vezes exageradamente, mas não me parece o tipo de fazer essas barbaridades.

Mas fora isso o Natal foi muito bom. O clima foi muito animado. A D. está feliz e animadíssima, amando e sendo amada. A festa na casa do ex da M., até certo ponto, foi muito divertida. Dançamos, cantamos, e bebemos muito na "caneca da felicidade", que era uma caneca com whisky e red bull onde todo mundo bebia. A festinha na vivenda também correu muito bem, e no dia seguinte ainda comprovamos os dotes culinários do namorado da P. Igualmente importante foi ter conhecido o Gatito, uma pessoa linda e muito querida. Hoje quando nos falamos à noite ele me disse algo muito profundo: falou que nesse tempo todo que já passou em Portugal, esses dois dias que esteve comigo foram os melhores que teve até então.

O namorado da P. tinha nos convidado - à mim e ao Gatito - para dormir na vivenda ontem, mas eu recusei. Ele preenche muitos dos meus critérios, mas não estou a fim de me envolver emocionalmente, o que poderia acontecer com a convivência. Além disso, detesto despedidas, considerando-as completamente dispensáveis. Preferi ficar com a D. e ajudá-la nas limpezas ou a cuidar da filha dela, enquanto conversávamos, já que não tivemos muito tempo para isso. Dormimos depois das 2:10 da manhã.

Hoje eu viria de comboio, mas teria que fazer 4 ligações, então preferi vir de autocarro. O T.C. ofereceu-se novamente para me trazer ontem, mas eu recusei, como é óbvio.

Demorei 6 horas a chegar em casa. Quando cheguei, vi que o vidro da porta do prédio estava partida. Logo imaginei que podia ter sido um assalto, ou algo parecido, e corri para o meu andar, mas estava tudo igual. Provavelmente foi algum bêbado que quebrou a porta, nesses dias de festas natalinas.

E agora cá estou, até dia 30, quando darei uma pausa novamente, até o dia 02, para as comemorações da passagem do ano.

Paula Lee


=> Feliz Natal!


O ano foi embora, ninos. Ainda consigo me lembrar, com pormenores, da ceia do último Natal.

E é Natal, quando ganhamos e distribuímos prendas, ou nos juntamos com as pessoas que nós gostamos. Quem falou que Natal é a data de comemoração do aniversário do menino Jesus? Alguém se lembra do menino Jesus nessa época? Eu encaro o Natal como uma data meramente comercial e apelativa, que tem as suas vantagens por termos oportunidade de estar com as pessoas que gostamos, comemorando a mesma coisa, que é tudo, menos o aniversário do menino Jesus.

E o Natal é aquela época hipócrita, em que todo mundo começa a ser mais solidário e politicamente correcto. Prefiro ser invadida pelo espírito natalino nos demais dias do ano, em que não há uma apelação comercial, distorcida e ultrajada aos comportamentos humanitários. Que diferença faz eu ser uma santa no dia 25, lembrar de Jesus, rezar e ajudar o próximo, se no decorrer dos próximos dias eu serei uma vaca déspota oligofrênica e deplorável? Que adianta uma pessoa dar algumas moedas aos menos favorecidos, se, no ano seguinte, voltará a ser dominada pela concupiscência? O que adianta abrir sorrisos amarelos mas amigáveis, para, um dia depois, voltar à habitual carranca austera?

Por isso eu desejo um feliz natal como quem deseja um bom dia! Um «bom dia» diferente, na esperança de que todos os outros dias tenham o mesmo espírito de solidariedade e esperança.


Para as minhas visitas do estrangeiro:

Alemanha:
Fröhliche Weihnachten
Argentina:
Felices Pasquas y Feliz Año Nuevo
Bulgária:
Tchestita Koleda; Tchestito Rojdestvo Hristovo
Coréia:
Sung Tan Chuk Ha
Croácia:
Sretan Bozic I Nova Godina
Dinamarca:
Glaedelig Jul
Eslováquia:
Sretan Bozic or Vesele vianoce
Espanha:
Feliz Navidad
Esperanto:
Gajan Kristnaskon
Estónia:
Ruumsaid juuluphi
França:
Joyeux Noël
Grécia:
Kala Christouyenna
Hawai:
Mele Kalikimaka
Inglaterra:
Merry Christmas
Indonésia:
Selamat Hari Natal
Iraque:
Idah Saidan Wa Sanah Jaidah
Itália:
Buon Natale
Japão:
Shinnen Omedeto. Kurisumasu Omedeto
Jugoslávia:
Cestitamo Bozic
Latim:
Natale hilare et Annum Faustum!
Noruega:
God Jul
Roménia:
Sarbatori Fericite
Rússia:
Pozdrevlyayu s Prazdnikom Rozhdestva Is Novim Godom
Turquia:
Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun
Ucrânia:
Srozhdestvom Kristovym
Vietname:
Chung Mung Giang Sinh


Um conhecido da D. vem buscar-me por volta do meio-dia. Almoçaremos e a seguir partiremos para a casa dela, onde ficarei até o dia 26 ou 27. Como lá não terei acesso fácil à internet, possivelmente não actualizarei o blog nesse período.

Mas quando voltar, terei muito que fazer. A tal novidade, que não vou adiantar muito agora, é que eu comprei um domínio. Não é "terapeuta sexual", porque reflecti e achei algo ainda mais apropriado. Ainda estou construindo as páginas e fazendo as mudanças necessárias, mas, em breve, tanto o meu site quanto esse blog terão um novo endereço. Ano novo, tudo novo.

Paula Lee


=> Foda de escorpioninos



Dia desses atendi inúmeras chamadas, mas o primeiro cliente só veio às 15h. Tem dias que é assim. Passamos certos períodos do dia livre, mas bastando vir uma pessoa, começam a vir as outras. Isso quando não quer toda gente vir no mesmo horário, como se tivessem combinado telepaticamente.

Mas o dia começou muito bem, porque foi com o P., aquele meu cliente gostosíssimo, vendedor de bebidas. Como eu previa, chegou de terno e gravata.

- Agora vais me dar mais trabalho a despir-te... - eu observei.

Estivemos um tempo conversando, misteriosamente muito alegres, como se tivéssemos ganhado no Euromilhões. Mas nossas conversas são quase sempre as mesmas, com uma ou outra alteração. Não entramos muito na intimidade um do outro. Ou melhor dizendo, só entramos na intimidade sexual um do outro.

Tem ejaculação precoce, mas paga para 20 minutos, porque gosta de um bom jogo de sedução. Consigo fazer que ele segure o gozo até o último minuto.

Abraçamo-nos e ele encostou-me no armário, começando a esfregar-se em mim. Simulamos uma foda em pé, mas vestidos.

Ele sentou-se e eu comecei a acariciar suas pernas e seu tronco, mas com cuidado para não amarrotá-lo.

Esqueci de colocar meu telemóvel no silêncio. Então propositadamente, e querendo provocá-lo, sentei-me com o rabo no seu colo enquanto mudava o modo do telefone. Coloquei o telemóvel perto da televisão e voltei para ele.

Como somos dois escorpioninos, sempre rola uma leve dominação no atendimento, porque fui descobrindo que ele gosta. Ele nunca me deu a entender nada, nunca foi de conversar muito. Prefere a conversa dos corpos, do cheiro, das mãos, da língua, do sabor.

Desapertei seus botões, um a um. Quando coloquei-lhe de cuecas, tirei seu pau pra fora e comecei a bater com ele de leve nos meus seios. Ele ficou louco de tesão e levantou-se.

Começamos a nos despir. Notando que era o que ele queria, peguei nos seus tomates com mais força que o habitual, puxando-os para cima.

Coloquei o preservativo, observando que o pau dele parecia ter crescido nos últimos dias. Colocou-me de quatro na beirada da cama e meteu na minha coninha. Mas não esteve ali muito tempo, parando para não gozar logo. Deitou-me na cama e veio com o seu pau para perto da minha cara. Fiz-lhe um broche, depois tirei da minha boca e bati com ele no meu braço e no meu corpo. Com a outra mão eu apertava os seus tomates. Então ele veio para cima de mim e meteu. Eu tinha a perna esquerda esticada e a direita dobrada, enquanto ele metia. Gozou e sorriu de contentamento.

Cinco ou dez minutos depois de ele ter ido embora, atendi o meu próximo cliente. Nem tive tempo de apreciar mentalmente as lembranças daquela foda.

Paula Lee


=> Mensagens no telemóvel


Quer rir um bocadinho comigo? Como prometi, aí estão algumas mensagens recebidas no telemóvel - claro, não seleccionei as melhores - e assim podem perceber a diferença da delicadeza, sutileza e educação que me surpreenderam na mensagem do gajo de Santarém. Não vale muito a pena me mandar mensagens escritas, porque deixo a caixa de mensagens cheia, propositadamente, só para não recebê-las. Cliente que é cliente, liga e marca um programa, não manda sms.

ALGUMAS MENSAGENS RECEBIDAS NO TELEMÓVEL:

Observação: Transcrevo sem corrigir os erros ortográficos, omitindo apenas os nomes e, claro, os números. Como não respondo mensagens escritas nem retorno telefonemas - a não ser dos clientes conhecidos, que já me autorizaram para tal - aproveito para fornecer as respostas que eu supostamente daria.

1- «Ola tudo bem? Quando e que querer beber café? Sou o XXXXX e gostava de te conhecer sou da Marinha Grande. Beijinho.»

Resposta: Tudo bem, obrigada por perguntar, apesar de ser praxe. Eu não trabalho a beber café. Aliás, café é um vício que eu não tenho. Beijinho.

2- «Oi linda!td bem? vi o teu anúncio no jornal e axei interessante...sou o XXXX e gostava d saber como é que faÇo. bjokas.»

Resposta: Oi "lindo". Tudo bem. Que bom que você "achou" interessante. Já quase estava pensando que você pretendia fazer propaganda de desodorizante. Quer saber como faz? Me liga! Mesmo que respondesse mensagens escritas, não dá para dar todas as informações assim.

3- «Vens as caldas da rainha conviver cmg depois do jogo?»

Resposta: Que jogo?

4- «Quando posso ter a tua compahia para jantar? Beijo.»

Resposta: Não janto com desconhecidos. Geralmente sou eu o jantar.

( Um gajo me ligou três vezes e não dizia nada do outro lado da linha. Na primeira vez desliguei. Na segunda disse o texto todo decorado. Na terceira eu fiquei brincando com ele, dizendo "Responde mudinho!". ) A seguir recebo:

5- «Ola, sou XXXX, tb sou surdo. Vi jornal q convivio. Quero de ir contigo. Quantos te paga p fazer amor? Envias-me a mensagem, por favor. Obrigado. Beijos.»

Resposta: Quase me senti tentada a responder, só por causa do "por favor" e do "obrigado". Mas na hora de me pagar você poderia dizer que também era cego e por isso não encontraria o dinheiro. Quantos me pagam para fazer amor, ou quanto se paga para fazer amor comigo???

6- «Gostava mt q me respmdesses é q n d p t ligar.»

Resposta: Respondesse o quê?

7- «gostava de me divertir sem a minha namorada o melhor que consegui ate agora foi meia hora de divertimento p 50euros. fazes melhor? manda msg»

Resposta: Até poderia fazer. Mas se o valor lhe parece assim tão importante, acho melhor você se divertir mesmo com a sua namorada.

8- «Vi o teu numero no jornal adoraria conhecert tenho 20 anos e chamame XXXXX descreve-t rsp bjs.»

Resposta: Me descrever por sms? Oh, desculpa, eu não tenho tempo para isso.

9- «sou o XXX de AlcobaÇa, queria conheÇe-la, dá?»

Resposta: Me conhecer por sms?

10- «Oi carioquinha!td bem? te 2000€ por hora(!) s voce vier a Braga montar o meu pau, tenho 35cm, se aguenta?pago pra ve...e provar... mi rsp keu to a arder! Beijos»

Resposta: Duvido que você tenha 35cm de pau, mas não estou disposta a gastar nem um cêntimo para conferir, pois pouco me interessa. Aprendi no sexfone - e posteriormente na noite - que homem que se gaba muito do próprio pau é porque não tem algo que preste mais do que isso. E geralmente nem o pau presta. Mas ainda era mais fácil eu acreditar que você tem 35cm de pau do que o detalhe de você ter 2000€ para me pagar. Sua própria escrita te denuncia e, se mandou mensagem, é porque nem tem dinheiro para pagar um telefonema. Se continuar a arder, chame um bombeiro que ele apaga o seu fogo.

11- «GANHA ATE 10.000€/MES!COLABORANDO COM UMA REVISTA DE SEXO NA ISLANDIA. SIGILO SERIEDADE E MUITA DISCREÇÃO.»

Resposta: Islândia? Essa "discreção" deve ser uma coisa bárbara!!!! Já ouviu falar em "dicionário"?

12- «Olà, temos òtimos preÇos em lingerie; gangas; blusas e muito mais. Preservativos 144un Unidos- 13,99€; Prevex;millon-18,99€; Gel Preventor-7,99€. Domicílio. Feliz Natal.»

Resposta: E por acaso também não têm daqueles preservativos com a cara do Pai Natal??? Feliz Natal!!!!!! ho ho ho.



Paula Lee


=> 300 clientes habituais


O último livro que li foi o «300 clientes habituais», da Carla de Almeida.

Confesso que foi com alguma relutância que comprei-o. Quando vi a autora na tv, no Jornal da Noite e na Fátima Lopes, ela pareceu-me um pouco arrogante. ( Essas impressões que a gente tem das pessoas sem perceber muito bem o motivo.) Mas depois calculei que podia estar enganada, e pensei na pressão que talvez fosse para ela apresentar-se em cadeia nacional para divulgar um livro onde conta a vida como prostituta.

Ia comprar pela internet, mas detesto ficar esperando algo chegar. Um dia passei na livraria com o Sr.M., mas não tinha o livro lá. Outro dia, passeando pela cidade, fui abduzida para dentro de uma outra livraria. ( Aliás, existem 90% de possibilidades a mais de me encontrarem dentro de uma livraria do que, por exemplo, dentro de uma discoteca ). E lá estava ele, meio escondido nas prateleiras, ao contrário da época que foi lançado, mas encontrei! Quando eu fui pagar, a gaja que me atendeu mudou logo as feições, tentando disfarçar que me avaliava de cima para baixo. E eu ali, vestida de Creuza e com ar de bibliotecária. Mas nem adianta disfarçar, porque eu sei que aqui basta perceberem a minha nacionalidade para acrescentarem vários valores à porcentagem das hipóteses de que seja puta. Mas eu nem liguei para aquele olhar e nem fiquei pensando no assunto. Só agora me lembrei.

O livro, ao contrário do que eu supunha, é bom. Consegui me identificar com alguns trechos. Não sei onde é a Carla ou onde é a Diana no livro, apesar de não acreditar muito no que já vieram me dizer, de que ela tinha virado puta só para escrever o livro. Eu não sou capaz de, por exemplo, entrar nas drogas só para poder relatar essa experiência posteriormente num livro. E também li um outro artigo onde a Carla seria apenas uma "amiga" da Diana. Mas isso agora não interessa. Em geral, o livro foi muito bom. Só duas partes foram mais chatas e angustiantes: a primeira foi quando ela tentou virar chula e a segunda foi quando entrou nas drogas.

Depois de ler o livro, a impressão que eu tive tornou-se mais positiva do que aquela que tive inicialmente.

Paula Lee


=> Caindo em cantigas



Não cometo o pecado de condenar a ingenuidade. Todos nós já fomos ingênuos alguma vez na vida - nem que seja apenas quando nascemos. «E todos nós já cometemos alguma loucura por amor» - foi o que eu disse essa semana ao meu último cliente da noite, acrescentando a seguir: «Mas o que não é muito comum é cometermos loucuras tão caras como a sua».

LM é um gatinho. É o tal gatinho universitário que me ligou quando eu estava nas Caldas. Tem rosto de anjo e um comportamento meigo. Na cama, é todo delicado. É inteligentíssimo. Trabalha no duro, incontáveis horas por dia. Às vezes goza rápido, e n'outras consegue segurar o gozo por muito, muito tempo. Antes dávamos 2 fodas, sendo uma mais rápida e a segunda muito demorada. Mas depois ele começou a ser demorado também na primeira, então acabamos ficando sempre sem tempo para o segundo round. O tempo com ele passa rápido, e nem noto, porque além disso conversamos bastante, e há sempre um clima de envolvência.

Quando esteve pela primeira vez comigo, soltou que teria uma "amiga" brasileira. Uma espécie de namorada, foi o que concluí, mas não me deu mais detalhes. Numa próxima vez me contou de uma namorada que teve, portuguesa, mas bastante cachorra e sempre cheia de jogos a tentar sacar-lhe algum dinheiro.

Lembro de um gajo, na primeira boîte que trabalhei, que assim dizia falar com os amigos: «Vamos às gajas honestas!» Ele me explicava que pelo menos conosco eles sempre saberiam que teriam que pagar para ter sexo, mas que pelo menos saberiam quanto.

O LM marcou para às 23h, e por pouco não me pegava. Um outro gajo, que viria de Santarém, tinha marcado para o mesmo horário. Mas cinco minutos depois mandou uma mensagem desmarcando, devido a um imprevisto. Educado, muito educado. Tem homem que não se dá ao trabalho de desmarcar e a gente perde outros clientes por causa disso.

A mensagem era muito educada e muito bem escrita, e por isso foi bem recebida por mim. Um dia eu publico aqui algumas mensagens que recebo no telemóvel, e então poderão compreender porque essa mensagem se mostrou tão diferente:

«Boa noite. Eu liguei a pouco a marcar uma hora para às 23h. Entretanto surgiu um imprevisto e já não posso ir. Desculpe. Brevemente volto a ligar-te. Um beijo.» [22:16:07]

Dois minutos depois de receber a mensagem que o LM me ligou, marcando, e logo pude aceitar.

Eu estava com um pouco de sono, mas tentei manter-me animada. Conversamos uns dez minutos sentados na cama. Notei que tinha um olhar um pouco triste. Ele me disse que as coisas não estavam a correr tão bem, e que muitas vezes é impossível passar por elas como se não existissem. Vendo que não me daria mais detalhes, resolvi animar a conversa, ou seja, começar o sexo.

Despimo-nos, coloquei o preservativo com uma ligeira dificuldade ( tem a cabeça do pau grande, então eu empurrava o preservativo para baixo e o preservativo subia sozinho, e só quando chegou ao talo que permaneceu fixo ). Fiz um broche, estive um pouco por cima dele, enquanto acariciava seu peito cabeludo, e depois ele veio para cima de mim. Estava todo gostosinho, me dando beijinhos nos ombros e na face enquanto penetrava. Depois eu passei minhas pernas pelas suas costas e comecei a auxiliá-lo com o meu corpo. Aceleramos, e muitos minutos depois ele gozou. Foi uma foda muito confortável, muito agradável, muito deliciosa.

Depois de limpos, continuamos a conversar, um do lado do outro, na cama. Foi aí que voltamos ao assunto da sua tristeza. Começou a contar-me que algum tempo atrás tinha uma brasileira. E contou que também ajudou muito essa menina. Mas agora ela tinha o pai doente, precisando de fazer uma cirurgia com urgência, que só pode ser feita nos Estados Unidos. Porém, é uma grana que ele não tem. Sente muito mas não pode ajudá-la.

Pedi mais detalhes. Contou que ela já esteve em Portugal, mas foi para o Brasil em meados de abril. Era para voltar agora, mas com a doença do pai é possível que já não volte. E tem uma mãe interesseira, que quer obrigá-la a casar com um gajo qualquer, por interesse, para salvar a vida do pai. Ele falava com orgulho dela, mas eu não conseguia perceber nenhuma nobreza na atitude da menina. Perguntei o valor que ela lhe devia. Queixos que caiam, a soma era superior a 37000 euros, dinheiro esse que na totalidade não tinha nas suas economias, mas que fez um certo impréstimo ao Banco para completá-lo.

Perguntei onde ela trabalhava quando cá esteve. Me citou dois nomes de lojas conhecidas, onde não ganhava mais de 400€. Contou-me que ela pagava 350€ de renda. Perguntei-lhe se ela tinha algum tipo de rendimento extra. Disse-me que não. Isso pareceu-me impossível. Ninguém, em sã consciência, sabendo que só tem 400€ de renda mensais, aluga um apartamento por 350€. Nada sobra para viver. Disse-me que antes ela trabalhou "na noite", por volta de um mês - ele nem precisava de me contar isso, porque eu já desconfiava - e se ele emprestou-lhe o dinheiro foi com o propósito de ajudá-la a "largar essa vida".

Perguntei a quanto tempo a conhecia. 4 meses. E em quatro meses já havia lhe colocado 37000€ nas mãos. Ou seja, se ela tivesse intenção de pagá-lo, mesmo que entregasse todo o seu salário, levaria quase oito anos. E como gastava 350€ de renda, e mesmo que conseguisse algo mais barato, não conseguiria pagá-lo. Brinquei, calculando que ela só conseguiria pagá-lo em 32 anos. «Fique tranquilo. Quando você tiver 54 anos terá toda a dívida paga.»

Santa ingenuidade! Tomara que eu esteja errada, mas tudo me leva a crer que não. Já vi tantas burlas desse tipo por aí, que já conheço todos os subterfúgios. Ela diz que é capaz de fazer tudo para salvar a vida do pai, mesmo se casar com o tal gajo, forçada pela mãe. Isso parece tão heróico, não parece? Ele gosta dela. E acredita que ela gosta dele. Se ela gostasse dele, se casaria com outro? Ela podia vender o corpinho para juntar a grana, mas prefere o método mais fácil, que é iludir pessoas. Disse que ela só tem 21 anos, como se uma gaja de 21 anos não tivesse malícia suficiente para uma jogada esperta dessas.

Depois confessou-me que esse era o seu maior receio: o de estar a ser enganado.

Eu sou das honestas. E minhas amigas também. Só recebemos por aquilo que batalhamos com o nosso corpo e com o nosso tempo. Também recebemos dinheiro extra, como é evidente, mas nunca a pedi-lo ou a manipular alguém a fazê-lo. Principalmente os "bonzinhos", que respeitamos e queremos bem.

Porque, é claro, não vou ter pena dos "mauzinhos". Existe um tipo de homem que acha que está te comprando. Esses sim eu manipulo, se tenho oportunidade e, mesmo assim, se perceber se vale a pena gastar o meu tempo. Deixo que acredite que está me comprando, enquanto minha conta bancária se fortalece. Há aqueles que, se não gastassem comigo, gastariam com qualquer outra. Então é óbvio que eu aproveito. Mas só me aproveito desses, que são raros, mas com os outros, a maioria, sou sempre muito honesta.

São incontáveis as vezes em que algum cliente me disse que foi com alguma colega minha - algumas conhecidas e outras que nem conheço - e que elas lhe pediram algum dinheiro emprestado e sumiram no mundo. Mas alguns deles até que mereciam. Mulheres boas para eles são aquelas que chulam, que exploram, que tiram-nos até as cuecas - e não é no sentido sexual, mas no financeiro - enquanto as outras não prestam.

Foi no alterne - e não no puteiro - que aprendi todas as malandragens da noite. O alterne é uma das coisas mais hipócritas do mundo da noite, do tipo «Vou sacar-lhe o seu dinheiro, mas não sou puta». Conheço uma colega que, mal consegue alguma intimidade com o homem - intimidade essa que não inclui sexo - começa a contar-lhe estórias tristes. Sua armação convencional é a seguinte: começa a chorar, dizendo que a mãe morreu e que não tem dinheiro para comprar a passagem de avião para ir no velório no Brasil. Com isso, a mãe dela já morreu umas dez vezes. E ela nem tem mãe no Brasil, é portuguesíssima e com os pais muito vivos. E se algum homem topa sua jogada, encontrando-a na rua, ela arma novamente o teatro, começa a chorar e diz: «Você não imagina o que aconteceu! Estou tão desesperada! Meu irmão roubou-me o dinheiro que você me deu.» E pimba na gorduchinha, mais uma vez o homem fica comovido e da-lhe mais dinheiro para a suposta passagem. Então, e principalmente se for verão e o tempo for propício, ela se manda para o Algarve com o namorado comparsa e passa alguns dias por lá, a curtir à solta, ou talvez a encontrar mais uns otários para cair na sua armadilha.



Paula Lee


=> Compromissos comigo mesma



Hoje vai ser difícil trabalhar à tarde, porque tenho tanta coisa para resolver no centro da cidade que quase serei capaz de ter uma síncope.

Tenho hora marcada no salão ( onde não vou desde a semana passada, eu sei, é uma vergonha, mas com a turbulência dos últimos dias foi mesmo impossível ). Vou até levar um livro, porque assim eu esqueço que estou dentro de um salão de beleza. ( Eu já disse aqui que não gosto de salões de beleza ). Espero que ninguém repare que estarei a ler um livro erótico.

Também tenho que ir no meu segundo Banco - tenho duas contas bancárias, sendo uma para os movimentos gerais e fundos de investimento e a segunda para ficar parada, só para o caso de alguma emergência. Só que, como quase nunca uso essa segunda conta, ela está completamente pobre, não tendo nem mesmo o valor mínimo. Vou depositar o que falta, para não ficarem descontando um valor anual. Eu relaciono o dinheiro com as fodas. Quando compro uma coisa, logo penso: «Oh, isso me custa X fodas». E esse valor anual que é descontado à toa me custa meia foda de ejaculação precoce. Não é nada, não é nada, mas é meu. Falando nisso, a minha amiga D. me contou de um gajo lá no Fundão que entende tudo de aplicações financeiras. Tenho que conhecer esse gajo.

E falando na D., já comprei a prenda de Natal dela e das outras meninas, mas me falta comprar a prenda para a filha dela. Oh, só de pensar que já nessa sexta-feira eu viajo!!! Acho que vou à tarde, porque pelo menos poderei passar no salão antes para retocar minhas raízes ( não sou loira natural, como uns 80% das loiras, e não escondo isso. Eu nem era loira antes. Quem me persuadiu a ser loira foi a dona do primeiro puteiro onde trabalhei. Ela olhou para a minha cara e disse: «Minha filha, você vai ter que ser loira amanhã!!! Pode deixar que eu marco o salão para você.» Nunca imaginei que alguém com o cabelo tão preto e orgulhosamente brilhoso convenceria uma outra a ser loira. Fui contrariada, mas depois de muita relutância tive que dar o braço a torcer e concordei que era o melhor tom que combinava comigo ).

E tenho que me lembrar também da minha família - sim, eu tenho família também, não sabia? - e mandar uma graninha para comprarem as prendas por lá, porque se eu enviar as prendas daqui não chegará a tempo. Ainda mais nessa época de Natal, quando os correios costumam ser mais lentos. Mas mesmo assim ainda terei que passar no correio, para enviar dezenas de cartões de Natal.

Quando eu voltar da rua vou pretendo colocar um post sobre o gatinho universitário que atendi essa semana, e sobre as manipulações que um cliente - ou mesmo um homem - pode sofrer.

Hoje, por volta das 10:30, já resolvi uma coisa importante, que por enquanto ainda não posso contar. É relacionada com a novidade que trarei daqui a alguns dias.

Paula Lee


=> Já era


Visualizei no ecrã do meu telemóvel particular que tinha mais 6 chamadas não atendidas. E todas elas eram do meu senhorio. Então liguei-lhe a seguir. Ele disse que tinha uma pessoa interessada no apartamento, mas que primeiro precisava de saber se eu ia ou ficava. E como não sou daquele tipo de pessoa que não monta nem sai de cima, tive que dar-lhe logo uma resposta. Como não tinha nada acertado, nem tempo suficiente para tal, repeti a frase de D. Pedro, num novo cenário: «Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico!». Sua voz logo mostrou felicidade do outro lado da linha.

Era isso ou virar uma sem-tecto. E já fui sem-tecto aqui, o que não é nada agradável. Quando cheguei, trabalhava para boîtes, e também morava nessas mesmas boîtes, ou seja, não tinha qualquer privacidade ou liberdade. E em determinada época, em que viajava com uma mala nas costas - mala esta com roupa de noite, botas de cano alto, discman, maquiagem, livros e preservativos - cheguei a morar em hotel durante duas semanas.

Mas hoje numa mala não cabem nem mesmo os meus livros, já que leio mais de 30 por ano.

Quando procurei apartamentos, não encontrava nada muito agradável, apesar de ter baixado as minhas exigências. Apartamentos bolorentos caindo aos pedaços, ou apartamentos habitáveis, mas que não serviam para trabalhar, esse é o resumo da minha procura.

Fiquei um pouco triste quando hoje cedo fiquei sabendo que o apartamento que correspondia ao que eu pretendia não poderia ser alugado esse fim do mês. ( Verdade seja dita que não foi uma tristeza tão forte e profunda, pois nem tudo é capaz de me abalar ). Eu ainda poderia culpar o mundo, ou viver com complexos de perseguição pelo trabalho faço, mas não tinha nada a ver com isso, porque quem deu sempre a cara foi o Dr.J., que tem um aspecto e postura respeitáveis. Não era para ser.

Não pude trabalhar hoje à tarde, porque o meu senhorio ficou de aparecer aqui. Paguei a renda desse mês e também paguei a do mês seguinte, com o pretexto de que iria viajar, quando na verdade eu estava era envergonhadíssima por não ter pago esse mês por causa do calção, para, no fim da história, acabar não me mudando. Por mais rico que ele seja, é sempre bem recebida uma grana adiantada em época natalina. Quem me dera se meus clientes me pagassem uma foda adiantada para o mês seguinte ;). Uma ideia genial era eu lançar um vale-foda, uma espécie de cartão com fodas pré-pagas, podendo ser "consumidas" com certo prazo de validade. ( Agora eu viajei nas minhas alucinações ).

Conheço gente que não está nem aí para as dívidas. Vivo recebendo cartas de cobranças que são destinadas aos inquilinos anteriores desse apartamento. Mas eu não sou assim, e ficaria para morrer se não fosse capaz de honrar com os meus compromissos.

Acabei de atender um gajo agora, meu primeiro cliente do dia, mas depois eu conto sobre ele. Não foi uma foda ruim, nem é um gajo ruim, mas sabe quando o gajo só vem com o propósito de esvaziar os tomates? Foi isso.

Voltando ao assunto da não-mudança, depois eu percebi que afinal não seria tão ruim permanecer na mesma. Continuarei com os mesmos clientes, e poderei realizar os mesmos projectos por aqui. Sem contar que poderei continuar os meus estudos, tudo na mesma.

Para aqueles que ansiavam tanto como eu pela minha mudança, enviando e-mails a saber quando me mudaria, não fiquem tristes. É só passar a balbúrdia dessa época de datas festivas que vou programar alguns dias para estar em outras cidades. Mas, como é óbvio, em outras cidades só atenderei em hotéis, motéis e residências, e, como sabem, preço de deslocação é mais alto. Mas avisarei com antecedência quando programar as datas. Inicialmente, minhas "cidades-alvo" serão Lisboa, Porto, Coimbra e Faro.

Paula Lee


=> Bad news


Meu dia ainda nem começou direito e já tive uma má notícia. O Dr.J. me ligou, depois de ligar para uma das imobiliárias onde estivemos, que tinha um apartamento que me interessou. Era mobilado, localizado na zona central das Caldas, num terceiro andar ( outra sina! ). Mas a dona do apartamento informou à imobiliária que o apartamento ainda não está disponível esse mês.

O meu grande drama é que, como dei o calção no apartamento onde estou, já não paguei esse mês, com o propósito de mudar no mês que vem. Aliás, pagaria alguns dias a mais para mudar-me já no fim desse mês, já que dia 01 é feriado.

O C.C. ligou-me, dizendo que vai se informar com um amigo dele das Caldas. Toda ajuda é bem vinda.

Hoje vou procurar mais na net por apartamentos nas Caldas e Lisboa. Coimbra também é uma excelente opção.

Se não conseguir nada muito rapidamente, terei que ter muita lata, pagar o meu senhorio esse mês e o mês seguinte e não me mudarei mais. E sei que, quando eu decidir não me mudar, aparecerão dezenas de apartamentos. Se até essa quarta eu não conseguir nada, desistirei de me mudar.

O pior é que agora já vi que tenho duas chamadas não atendidas no meu telemóvel particular, do meu senhorio. Me sinto pressionada, e do jeito que eu sou ansiosa e impulsiva, é capaz de hoje mesmo ligar-lhe a dizer que continuo com o apartamento, pois não posso continuar a empatá-lo, porque ele não quer que eu saia sem já ter antes um novo inquilino. Gente como eu, assumidamente pobre - se fosse rica não precisava de vender prazer - se preocupa muito com grana. Mas gente rica como ele, se preocupa muito mais. Aliás, cada vez chego mais à conclusão de que gente rica só é rica porque se preocupa demasiado com o dinheiro.

Vou tomar um banho e ler o jornal.

P.S.: Acho que terei uma boa novidade em breve. Por enquanto é um segredo, que só contei para o V.C. hoje por e-mail. Precisava da opinião dele, que por acaso era semelhante à minha.

Paula Lee


=> Principais tipos de DST


Muito se preocupa com a SIDA ( AIDS ), mas muitas vezes outras doenças, pouco inofensivas, apesar de algumas não induzirem o mesmo poder mortal, são esquecidas. Em função das dúvidas que muitos clientes parecem ter, preparei um resumo sobre algumas das principais doenças sexualmente transmissíveis:


AIDS:

-Doença provocada pelo vírus HIV.
-Transmitida por relação sexual*, contacto sanguíneo, gravidez, parto e amamentação.
-Previne-se usando camisinha**, não compartilhando seringas, tomanto AZT durante a gestação para não passar para o filho, etc.

CANDIDÍASE:

-A cândida faz parte da flora vaginal feminina, para defender o corpo reprodutivo.
-Sintomas da infecção: A mulher passa a apresentar corrimentos brancos, coceira, vermelhidão nos órgão sexuais e ardência ao urinar.O homem pode apresentar vermelhidão, manchas brancas no pênis e ardência ao urinar.
-Transmissão: relação sexual*
-Prevenção: camisinha**.

CHATO:

-O Chato é um piolho que ataca principalmente os pêlos dos órgãos sexuais, mas pode ocorrer também em outros locais. Assim, como a sarna, que também é sexualmente transmitida e provoca coceiras, vermelhidão e feridas no corpo, deve ser tratada com loções especiais.
-Transmissão: contacto com pêlos sexuais, feridas e relação sexual*.
-Prevenção: higiene íntima e camisinha**.

GONORRÉIA:

-Doença Sexualmente Transmissível que só é adquirida através da relação sexual e deve ser tratada, pois provoca esterilidade na mulher e pode ser transmitida no parto, causando cegueira no bebê.
-Transmissão: relação sexual*
-Prevenção: camisinha**.

CANCRO MOLE:

-O Cancro Mole é uma Doença Sexualmente Transmissível que só é adquirida através da relação sexual e apresenta mais sintomas nos homens.
-Sintomas da infecção: A mulher passa a apresentar corrimento, coceira, dor na relação sexual*, infecção nas trampas e ovários e pode ficar estéril e passar para o bebê durante a gestação. O homem pode apresentar corrimento amarelado, ardência ou sangue ao urinar.
-Prevenção: camisinha**.

CLAMÍDIA:

-A Clamídia é a Doença Sexualmente Transmissível que pode provocar gravidez tubária e esterilidade na mulher, embora estes problemas irem evoluindo sem que a mulher perceba, já que a maioria não apresenta sintomas.
-Transmissão: relação sexual*
-Prevenção: camisinha**.

CONDILOMA: ( crista de galo, figueira, ou cavalo de crista)

-O Condiloma é a Doença Sexualmente Transmissível que provoca a maior parte dos casos de câncer de colo de útero. As pessoas que se contaminam pela doença, tem que ter um acompanhamento ginecológico semestral, pois o vírus causador, HPV, não sai do sangue e, de tempos em tempos, pode provocar verrugas que devem ser cauterizadas. A doença é transmitida principalmente quando está manifestada.
-Transmissão por relação sexual* e há casos raros de contaminação por objectos de uso íntimo.
-Sintomas da infecção: A mulher apresenta verrugas na região genital, ânus ou boca. Essas verrugas podem se desenvolver causando câncer de útero.O homem pode apresentar verrugas no pênis, principalmente na glande, mas também no saco escrotal. O uso de camisinha NÃO previne das feridas localizadas no saco e virilha.
-Prevenção: camisinha**

DONOVANOSE:

-Donovanose é a Doença Sexualmente Transmissível que provoca feridas que vão tomando grande extensão nos órgão sexuais femininos e masulinos.
-Transmissão: relação sexual*
-Sintomas da infecção: provoca uma ferida não dolorosa nos órgãos genitais ou no ânus, até ficar com grande extensão.
-Prevenção: camisinha**

HEPATITE B:
-Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal. Os sintomas são falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns.
-Transmissão: Pelos seguintes líquidos corpóreos : sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem e secreções vaginais e, menos comumente, a saliva.
-Tratamento: Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, trata-se apenas os sintomas e as complicações.
-Prevenção: Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.


HERPES:

-A Herpes Genital é a Doença Sexualmente Transmissível, diferente da herpes labial. Ela fica incubada no sangue, provocando feridas que ardem de tempos em tempos. O tratamento faz os sintomas desaparecerem, porém a herpes permanece no corpo e retorna em momentos de baixa imunidade ou estresse. Só há transmissão da herpes quando há feridas ou bolhas, em períodos de incubação NÃO ocorre transmissão.
-Transmissão: relação sexual*
-Sintomas da infecção: apresenta vermelhidão, ceceira e dor nos órgãos genitais, depois surgem bolhas que ardem.
-Prevenção: camisinha**

LINFOGRANULOMA:

-O Linfogranuloma Venéreo ú uma Doença Sexualmente Transmissível que provoca íngüas e inchaços na virilha de homens e mulheres.
-Sintomas da infecção: feridas sem dor no órgão sexual, depois aparecem ínguas com saída de pus.
-Transmissão: relação sexual*
-Prevenção: camisinha**


SÍFILIS:
-A Sífilis é a Doença Sexualmente Transmissível que tem 3 estágios de desenvolvimento. No primeiro provoca feridas nos genitais, na segunda fase, apresenta manchas nos pés e mãos e na terceira, pode evoluir provocando cegueira, paralisia, doenças cardíacas, neurológicas e até a morte.
-Transmissão: relação sexual*, da mãe para o bebê na gravidez e transfusão de sangue não-testado.
-Prevenção: camisinha**, exame de sífilis no pré-natal, transfusão de sangue sempre testado e auto-exame.

TRICOMONÍASE:
-O Tricomonas é a Doença Sexualmente Transmissível que não costuma apresentar sintomas no homem, embora estes também precisem fazer tratamento.
-Sintomas da infecção: A mulher apresenta mau-cheiro, coceira e corrimento amarelado na vagina e dor na relação sexual e ao urinar.O homem NÃO costuma aprsentar sintoma, embora precise de tratamento. Quando apresenta, são coceira ou corrimento no pênis e dor ao urinar.
-Transmissão: relação sexual*
-Prevenção: camisinha** e auto-exame


* relação sexual: contato com órgãos sexuais ou a secreção vaginal ou sêmen na relação vaginal, oral ou anal
** camisinha: recomenda-se o uso de lubrificantes a base de água (KY, Preserv Gel) nas relações sexuais anais.
Imprescindível também citar a importância do auto-exame.

TRATAMENTO:

Todas as pessoas com DST devem procurar um médico para evitar o desenvolvimento e agravamento da doença. Cada DST tem um medicamento específico, por isso não se deve buscar remédios com amigos ou em farmácias. Apenas o médico tem condições de dizer o tipo de DST, já que existem muitas com sintomas parecidos.


Fontes pesquisadas: Rede Ce e DST.

Paula Lee


=> Detalhes da folga


Falei que ia dar detalhes, e só agora consigo uma brecha.

Na quinta encerrei o trabalho mais cedo, com o triste pretexto de ter que arrumar a casa. Eu não tenho empregada, nem pretendo ter, porque não gosto que mexam nas minhas coisas. E também não gosto da lida doméstica. Oh God!

Antes disso me ligou o tal gajo da imobiliária de Lisboa, aquele que disse que tinha como arranjar um apartamento no Areeiro. Como ainda não descartei de todo a ideia de ir para Lisboa, marquei com ele em Sete Rios no sábado. Porém, antes que ele desligasse, pedi que ele me desse o número dele, porque poderia acontecer alguma eventualidade e eu precisar de ligar-lhe. Sua postura no telefone faz me parecer que é uma pessoa séria, mas esse detalhe sempre me deixou de pé atrás. Na primeira vez que me ligou, tinha dito que me ligaria um dia antes da minha ida a Lisboa. Confundiu, me ligando dia 15, mas mesmo assim ligou. Mas nesse dia eu pedi que ele me mandasse um e-mail com o contacto, e ele não o fez. Então - onde eu estava mesmo? - ah, sim, nessa quinta eu pedi-lhe o número. Pediu desculpas, dizendo não saber que estava a ligar anónimo, e dizendo também que era novo nessa tal imobiliária - imobiliária essa que ele também não me forneceu o nome - e que por isso não sabia o número, mas que a seguir me mandaria uma mensagem para que eu guardasse o contacto. Fim do caso: ele não mandou a mensagem.

O Dr.J. chegou às 14:30 na sexta. Deixei que ele lesse meu blog enquanto acabava de verificar minha bolsa - ele acha divertidíssimo quando começo, qual uma velha em princípio de Alzheimer, a conferir se não estou esquecendo algo em casa - e fomos rumo às Caldas da Rainha, ao som do meu cd "Queen+Paul Rogers". A seguir ouvimos um pouco de Rolling Stones. E quando já chegávamos nas Caldas ele mostrou-me uma música que estava em outro cd, mas que eu já conhecia, pois também a tenho. É um tango belíssimo.

Como eu não tinha almoçado, comprei o Gazeta das Caldas e paramos num café. Comi pela primeira vez um nortenho- o doce, porque os homens nortenhos eu já comi centenas ;) - enquanto seleccionávamos no jornal os apartamentos que estavam para alugar.

Perguntou-me se ligava eu ou ligava ele. Entreguei-lhe o meu telefone, indicando que era melhor ser ele a ligar. Podiam implicar com o meu sotaque. Além disso, ele tem toda uma desenvoltura propícia para desenrasques.

Só que não damos muita sorte. Uns quatro apartamentos já estavam alugados. Dois números que ligamos estavam errados no jornal. No fim das contas, só nos sobravam duas alternativas. Uma delas era um andar numa vivenda, sem mobília, num preço muito acessível. Outra alternativa era um andar num preço nada acessível - que logo descartei, pois nem ao menos tinha a cozinha equipada, e tinha o preço de uma renda em Lisboa. Fomos visitar o que nos restou. Não era muito longe do centro da cidade. Logo vimos um talho. «Oh, sina!» - pensei, porque actualmente já moro perto de um. Fomos visitar o andar, mas não quis ficar com ele. E não foi apenas por não ter banheira. Com um toque feminino, aquilo até que ficaria habitável. Mas eu já tinha visto as escadas, barulhentas, em madeira, que impediriam a discrição. E quem nos mostrou o apartamento foram os vizinhos, um casal de velhos. E morar do lado de reformados - apesar de serem ligeiramente simpáticos - não dá muito certo, porque estão sempre em casa a vigiar a porta alheia.

Apesar de ter avisado que estaria de folga e não ter colocado anúncio, algumas pessoas me ligaram. Eu levei o telefone porque, em último caso, podia me ligar o gajo do Areeiro. Uma delas era o Sr.M., que dizia estar perto do meu apartamento. Outro era o G., para saber se eu já tinha conseguido alguma coisa. E outro era um gatinho universitário, que esteve comigo umas duas ou três vezes. Os restantes eram desconhecidos.

Eu e o Dr.J. ainda fomos em algumas imobiliárias, mas já era tarde e já não dava para visitar nenhum apartamento. Numa encontramos um apartamento que correspondia à descrição do que eu queria, mas a senhora só poderia mostrar-mo na manhã seguinte. Então o Dr.J. combinou que à noite me traria em casa para eu buscar o que precisasse e depois me levaria para a casa dele, onde passaria a noite.

Fomos ainda buscar um amigo dele, meio cromo, mas boa gente. É o tipo de gajo que janta num lugar porque diz que é o melhor da cidade, depois vai comer a sobremesa em outro lugar porque diz ter a melhor sobremesa da cidade, e depois vai num terceiro restaurante tomar um café, onde diz ser também o melhor da cidade. O gajo tinha umas coisas para resolver, sempre às pressas, e por isso estivemos no carro a levá-lo de um lado a outro.

Fomos jantar num restaurante simples, mas muito acolhedor - apesar do pequeno detalhe de estar quase 1 grau negativo e não ter um único aquecedor ali dentro. Experimentei uma bebida nova que eu não sei o nome, mas que, segundo o dono do restaurante, é uma mistura de vinho com coca-cola e frutas. Acho que gostei muito daquilo, porque tomei dois jarros.

E talvez por causa do efeito do vinho, em certa altura confessei ao Dr.J. os meus projectos a curto prazo, mas que levam um longo prazo para estarem concluídos. Especificamente, 5 anos, a contar do fim do ano que vem. Ele ficou muito feliz em saber dos meus planos, não imaginando que fossem esses, mas considerando-os louváveis. Ele também me fez uma confissão, introduzindo que quem diz a verdade não merece castigo. Como leu um pedaço do meu blog, diz que teve um pequeno ciúme do Alemão. ;)

O "cromo simpático" chegou quando começávamos a jantar, mas apenas beliscou em um pouco de comida e foi embora, pois ainda tinha um trabalho urgente para fazer. E eu pensando comigo: «Está igual puta que não tem horário?» Antes disso elogiou-me extensamente. Primeiro disse que eu era muito bonita. Depois disse que na verdade eu era linda. A seguir corrigiu-se, dizendo que afinal eu era muito linda. Disse que o Dr.J. havia lhe mostrado fotografias minhas - sim, o Dr.J. tem fotos minhas, porque também somos amigos e já viajamos juntos - mas que eu era muito mais linda pessoalmente. Não encontrando mais elogios à minha beleza física, elogiou a minha postura clássica, discreta e elegante. Owwwwww-brigada.

Antes de sair do restaurante o dono do restaurante me ofereceu uma dose de ginginha de Óbidos. É um licor que tem gosto de xarope para tosse.

Depois do jantar viemos até a minha casa e fiquei arrumando um kit básico de coisas que eu precisava para passar a noite e o dia seguinte fora.

Voltamos para as Caldas e dormi lá na casa do Dr.J. Ele ainda leu um pouco antes de dormir. Eu levei um livro mas não quis ler, porque estava cansada por ter rodado tanto a cidade de salto alto. Não rolou sexo, obviamente, porque ele sabe separar bem as coisas, e nesse momento o seu papel era de amigo, e não de cliente.

O colchão dele é bem mais duro que o meu, e o quarto é bem mais frio. Encolhi-me toda, mas consegui dormir como uma pedra. Ele ainda não sabe disso - talvez saiba quando ler meu blog - mas certa hora da noite, não sei quando, senti sua mão alisando meu corpo umas três vezes por cima do cobertor. Mas a seguir peguei no sono de novo.

Acordei às 9h no sábado e sabia que ele já estava acordado, então perguntei-lhe as horas. Comecei a me espreguiçar de costas para ele. Ele pediu que eu me virasse, mas eu não virei, pois meu aspecto devia estar um pesadelo. Ele disse que não tinha problema, pois ele também devia estar com o cabelo em pé, mas eu não me virei. Então ele ficou me fazendo festinhas com as mãos em cima da minha cintura. Comecei a espreguiçar-me com mais força e a estalar vários ossos. Enfim levantei e fui logo para o banho. Ele colocou música na casa.

Ele entrou na casa de banho e disse que tinha ligado para a imobiliária, mas que a senhora disse que não poderíamos ver o apartamento naquele dia, porque a dona ia colocar móveis novos. Pouco me interessa o aspecto dos móveis, eu só queria mesmo era ver o aspecto do prédio, a localização, a vizinhança, pois assim eu já dava uma resposta definitiva. Então ficamos de passar por lá nessa terça-feira.

Fomos tomar o pequeno almoço, depois ele foi colocar gasóleo no carro e a seguir fomos comprar uns cigarros diferentes. Chama-se VegaFina e tem aroma de baunilha.

Fomos em rumo à Lisboa, ouvindo Elton John, a meu pedido.

Passamos no Vasco da Gama e depois fomos procurar um restaurante para almoçar. Passamos perto de um restaurante envidraçado e eu notei que um gajo olhava para mim, mas não deixei que ele visse que eu notava. Isso é engraçado contado pelo Dr.J.: «Estávamos a passar e vi um gajo a olhar para ti. Depois ele levantou os olhos e olhou para mim!» A seguir o gajo sai do restaurante e veio cumprimentar o Dr.J. Eram conhecidos!!! O gajo era muito bonito e charmoso. Devia estar quase na casa dos quarenta, da minha altura, sorriso bonito, apesar da barba. Cumprimentei-o com dois beijos na face. Ele é cardiologista. Oh, como eu queria contar-lhe o quanto meu coraçãozinho anda frágil... ;) Mas não podia fazê-lo, porque, apesar de estar com o Dr.J. como amiga, isso seria piranhagem.

Fomos almoçar num outro restaurante, porque aquele estava cheio. Comemos um "Bife República", que estava muito delicioso, com um suculento molho ao alho, que nem vampiro iria se recusar. Dr.J. tomou uma cerveja e eu tomei uma coca-cola, porque a viagem tinha me enjoado um pouco, mas logo depois eu melhorei. Enquanto almoçávamos, observávamos dois cãoes, amarrados numa árvore, a trepar. A seguir fumamos um cigarrinho de baunilha. Recebi cada olhar no restaurante que foi uma loucura, mas fingi que não notava.

Ainda tive uma ligação anónima por volta das 15:50, quando ainda estava no restaurante, e pensei que podia ser o gajo do Areeiro. Eu não fui para Sete Rios como o combinado, porque o conbinado também era que ele me mandaria uma mensagem antes, mas não mandou. Não conseguia perceber bem o telefonema, porque a pessoa estava sem rede, então desliguei.

Passeamos um pouquinho mais no shopping, mas eu já estava exausta de tanto andar. Estivemos um bom tempo a observar as montras das lojas de lingerie e a entrar em livrarias ( duas das minhas grandes perdições ). Às 17:30 fomos para o Pavilhão Atlântico, pois tinha um espectáculo para assistir às 18h. Eu não poderia deixar de levar o meu aplauso para a Adriana Calcanhotto. O show foi muito bom, apesar de, como já previa, estar lotado de crianças. A voz da Adriana é linda. Mas tenho que dizer que uma das partes mais divertidas foi quando "os pobres" começaram a saltar as grades de proteção dos seus lugares e começaram a invadir a ala vip. Mal fizeram isso, acabava o show e a Adriana foi embora.

De regresso à casa, procuramos um restaurante para jantar. O primeiro estava muito cheio. Essa época, por causa dos jantares das empresas, isso torna-se uma grande perda de tempo. Mas por pouco conseguimos lugar num outro restaurante, onde ficamos por uma pizza pequena e guaraná. Guaraná eu, cerveja sem álcool ele.

Como ele ainda tinha que fazer coisas na cidade, dormiu aqui em casa. Antes disso, assistimos um episódio de "Os normais", e ele chegou a dobrar-se de tanto rir.

Ouvi-o sair pela manhã, mas o meu sono pesado não me deu forças para dizer-lhe bom dia.


Paula Lee


=> Simulação e massagem


( Yuri Bonder )

Nessa semana o C.C., um "novo cli", chegou e perguntou quais eram as condições. Optou pela simulação, tempo de 1 hora.

É moreno, cabelo preto, simpático, olhos pequenos e misteriosos. Perguntei se já tinha feito isso - a simulação masculina - e ele disse que sim.

Tirei sua roupa devagar, reparando que tinha o peito frio. Quando estava sentado na beirada da cama, deitei suas costas e tirei seus boxers. Perguntei se queria que eu já vestisse o vibrador, mas ele disse que não. Então encamisei o seu pau, ajoelhei-me no chão e comecei o broche. Depois coloquei um preservativo num dedo e comecei a meter no seu cuzinho, enquanto continuava a chupar seu pau.

Fui para cima dele e meti seu pau na minha cona, sem perguntar se podia ou se queria. Depois aconselhei que nos deitássemos de forma direita na cama. Ele meteu um pouquinho na minha cona enquanto eu acariciava o seu corpo. «Faz muito tempo que não estou com uma mulher assim» - ele disse-me, com voz de gato. Perguntou o que iríamos fazer a seguir, enquanto ainda estava metendo em mim. Eu disse que faria o que ele desejasse. Ele empurrou a responsabilidade para mim, dizendo para que eu fizesse o que eu desejasse, mas eu adverti-o que deveria se abrir, manifestar sem receio o que queria. Então ele mudou a abordagem, perguntando o que eu costumava fazer a seguir. «Eu costumo vestir o vibrador e comer o homem de quatro.» Ele acedeu prontamente.

Vesti o vibrador, coloquei o preservativo e espalhei um pouco de gel, pois havia percebido com o dedo que ele era um pouco apertado. Ele ficou de quatro e eu agachei-me na cama para meter-lhe, mas vi que assim poderia magoá-lo, porque ele é bem mais alto que eu. Então tirei o vibrador do meu corpo e mirei no seu cu. Fiquei enfiando o vibrador, liguei a vibração e continuei empurrando com a mão. Perguntou se eu podia vesti-lo novamente e foi o que eu fiz, sem tirá-lo do seu cuzinho. Agora que já lá estava dentro, era mais fácil de continuar a meter. Pegou na minha mão e colocou no seu pau. Então, enquanto eu metia-lhe por trás, elogiando seu rabo redondo, também toquei-lhe uma punheta. Ele gozou deliciosamente.

- Agora cairia bem uma massagem, não é mesmo?

Ele concordou de imediato. Então depois de limpá-lo eu vesti-me ligeiramente para iniciar a massagem.

Comecei a espalhar óleo e a fazer movimentos leves, como é habitual em toda massagem. Notei que tem uma espécie de caroço nas costas, que possivelmente terá que ser retirado com alguma cirurgia. A seguir dei mais intensidade aos movimentos, usando um pouco mais de força, durante meia hora, utilizando a percepção do tato para reconhecer todas as necessidades do seu corpo. Aos poucos, fui sentindo os progressos, notando que suas tensões reduziam. Enquanto eu massageava, ele me fazia perguntas sobre o curso de massagem que tirei. Apesar de estar inicialmente muito tenso, seu corpo recebeu muito bem a massagem. Pedi que bebesse mais água nos próximos dias.

Quando acabei a massagem, ele disse: «Estou novo!»

Quando acabava de se vestir, focou-se na vela que eu tinha acesa, perguntando se era para algum tipo de santo. «Oh, não, essa vela é aromática. É que, mesmo sem querer, muitos clientes deixam seus odores, e essa vela é para isso. Se eu tivesse que acender vela para os santos, não seria dentro do quarto. E quando acendo, não é para pedir nada, só para agradecer.»

E por causa disso conversamos um pouco sobre espiritualidade. Ele disse que tem uma mãe de santa no Brasil. Citou que também é íntimo da Dona Maria Padilha, e notei que conhece todos os rituais. Pudemos falar sem qualquer tipo de preconceito sobre o assunto.

Falou também de uma menina "que não está mais entre nós". Logo me senti comovida, achando que a menina tinha morrido. Era uma menina que esteve mais de 5 anos em Portugal, mas que hoje já conseguiu ir para o Brasil e montar dois negócios. Ou seja, não morreu, só não está mais aqui em Portugal. Hoje ela também conheceu um homem com quem namora lá no Brasil, e que por acaso é português. «Às vezes ela atendia no apartamento dela, e eu ficava na cozinha, até ela acabar de atender o cliente. Ela era assim como você, muito discreta.» Percebi que ele tem uma grande ternura por ela, e que sente saudade, mas que, em primeiro lugar, está contente por ela estar bem. Assim como também fiquei contente por ela, mesmo sem conhecê-la.

Disse que, quando falou com a mãe de santa, pediu:
- Arranja uma mulher para mim!
- Arranjar eu não posso.
- disse a mãe de santa. - Mas posso te alugar uma.

- E foi assim que eu cheguei até você. - ele finalizou a história que me contava.

E no dia seguinte, muito terno, simpático e notavelmente bem disposto, ligou para agradecer do tratamento do dia anterior.



Paula Lee


=> Voltei


Quisera eu poder dizer que consegui resolver tudo o que tinha em mente. 23:53 agora. Faz pouco tempo que cheguei.

Mas me diverti imenso. Detalhes da folga depois, porque nesse preciso momento estou muito cansada.

Paula Lee


=> Aniversário do blog


(Calendário Pirelli )

Já é meia-noite, portanto já é dia 16.

Faz hoje exactamente um mês que resolvi publicar meus relatos nesse blog.

Preciso de fazer muitos agradecimentos.

+ Agradecer aos meus clientes antigos e aos meus novos clientes, principalmente aqueles que compreendem que não se toca um corpo sem alma, a não ser que o mesmo esteja morto.
+ Agradecer o carinho de todas as pessoas que me parabenizaram pelo blog, seja através de e-mails lindíssimos, conversas não muito demoradas no msn ou por telefone. Notei que algumas pessoas ficaram um pouco constrangidas a me contactar, esperando que eu não fosse tão receptiva pelo facto de não serem ainda - ou muitos talvez nem venham a ser - meus clientes, mas isso não importa. Apesar de ter recebido muitos clientes em função da curiosidade despertada pelo que escrevo aqui, o objectivo principal não é esse. Principalmente porque tenho a certeza que nunca é bom fazer um programa com uma pessoa que é motivada apenas pela curiosidade. O programa pode ser maravilhoso quando um homem me procura porque está carente, porque quer carinho, porque necessita de desabafar, porque quer convívio, ou até porque precisa de dar uma gozada urgente, etc. Mas "porque está curioso" nunca é uma motivação suficiente para que o programa corra tão bem. Portanto, nem precisam de ficar constrangidos. Alguns já notaram, mesmo nas conversas no msn que, se não são eles a perguntar sobre os programas, não sou eu a falar do assunto.
+ Agradecer aos visitantes, muitos deles que passam aqui diariamente para saber das minhas peripécias e àqueles que andam divulgando o meu blog por aí. ( E agradecer também aos visitantes tímidos, que nunca deram um «olá». Não conheço vocês, mas agradeço a visita e espero que estejam se divertindo. Se não estivessem, acredito que não voltariam, não é? )
+ E agradecer a Deus, por estar sempre atento.

- Com os e-mails estou em dia, mas tenho que pedir algumas desculpas. Primeiro, àqueles que ainda não conseguiram estar comigo ( eu sou só uma... Lembrei agora de alguns donos de boîtes onde eu trabalhei, que coincidentemente brincavam com a mesma ideia, incitando que precisavam de urgentemente mandar fazer alguns clones meus. ) E pedir desculpas à algumas pessoas no msn. Quando entro não posso demorar muito - tempo clientes para atender, meus amores - e muitas vezes não é possível dar atenção individual para todos, porque sempre que entro abrem mais de 20 janelas ao mesmo tempo.

Foram 40 posts em um mês, mais de 125 visitas novas por dia, (ou 159 por dia, segundo o Site Meter ) e tive que mudar de e-mail, porque o outro não estava dando conta. O feedback foi melhor do que o que eu contava.

Paula Lee


=> O Alemão



Esse homem é maravilhoso. Tão maravilhoso que merece um post só para ele. Vou aproveitar também esse exemplo de foda para dar dicas de sexo para os mais inexperientes, ou para aqueles que querem melhorar a performance.

A primeira vez que o Alemão me ligou, pouco entendi o que dizia. Apesar de já viver em Portugal desde muitos anos, ainda tem um sotaque forte, e também me obriga a falar de maneira mais calma e espaçada, para que me compreenda.

Vem de longe, e por isso sempre marca com mais de meia hora de antecedência. Seria sacanagem um cara vir de longe pra chegar na hora e eu não poder atendê-lo. Quando ele marca, fico essa meia hora sem atender ninguém, pois não quero correr o risco de ele chegar e eu ainda estar ocupada.

Na primeira vez que me ligou eu disse que não podia atendê-lo. Ligou então no dia seguinte, marcando, e dessa vez cedi.

É um homem branco ( ah, é verdade, ele é alemão ), cabelos e olhos castanhos, 1.70 de altura aproximadamente, 30 e poucos anos, cheiroso toda a vida, barba sempre feita, pele sedosa, mãos e língua macias, separado.

Conversamos um bocado. Ele reparou que eu não sou loira naturalmente e disse que gostava de mulher de cabelo escuro. Está bem, mas todo alemão que conheço gosta de mulher de cabelo escuro!

Quis logo pagar um programa de uma hora. Quando ficou nu, eu olhei para o tecto invocando os céus e disse em pensamento: «Caralho, que pirocão! Alguém aí em cima pode me mandar uma boa dose de coragem?»

Claro que ele não tem a piroca tão grande e grossa quanto a da primeira imagem desse post. Só coloquei-a para dar uma ilustração de choque. Eu nem toparia foder com um gajo com uma pila monstruosa assim. Eu nunca pari, mas também não estou disposta a parir uma coisa dessas para dentro de mim, ficando toda arregaçada. Que corajosa essa mulher!!!

Muito homem de pila grande me diz, com a maior cara de pau, que acha que tem a pila pequena. Se menos da metade entra na minha boca, é porque a pila é grande. Eu queria ver se diriam que era pequena se eu pegasse um vibrador do mesmo tamanho e enfiasse no cu deles.

Confesso que fiquei receosa com o programa, nessa primeira vez que o Alemão veio visitar-me. Além de ter a piroca enorme, era alemão. A nacionalidade não quer dizer muita coisa, como também pode significar.

Mas, veja, eu fiquei encantada com o programa. Quem me dera se todos os homens com piroca grande soubessem trepar - melhor, fazer sexo - como ele.

O problema dos homens com pénis muito grandes não é o tamanho, mas a cabeça deles ( a cabeça de cima ). Pensam que sexo se resume numa sequência assim: pau na cona, pau na cona, pau na cona. Ou seja, concentram todo o sexo no seu pau. Outras características de homens assim:

1- Metem com grande velocidade.
2- Querem estocar até o fundo, obrigando uma conversa íntima - quase uma violação - entre a cabeça do pau deles e o meu útero.
3- Querem experimentar as posições mais loucas possíveis, ou melhor dizendo, aquelas posições não muito favoráveis ao tamanho do seu pau, ou ainda melhor dizendo, aquelas posições em que eu vou sentir dor. Isso claro, por causa do tópico 1, a grande velocidade.



1ª dica: Independente do tamanho do seu pau, seja ele grande ou pequeno, lembre-se que ele é apenas uma das partes do corpo que se tocam. O toque com as mãos, o carinho, o contacto pele a pele, faz com que a foda não pareça tão artificial.


Ou seja, são homens que estão tão concentrados no pau, achando que aquilo é a grande maravilha do mundo, que se esquecem que o sexo, em primeiro lugar, deve ser confortável para ambos.

2ª dica: Esteja certo de que seu parceiro(a) está confortável. Se não tem a certeza, pergunte. É muito melhor parecer chato do que estar convencido de que faz tudo certo e na verdade faz tudo errado. A não ser para os masoquistas, qualquer dor ou desconforto é antônimo de prazer.


O Alemão não é um cliente assíduo, pois diz que não tem dinheiro para fazer isso com muita frequência, mas também sempre prefere pagar por uma hora do que dar uma rapidinha. Desde esse dia que ele vem com uma frequência de uma vez por mês, mês e meio ou dois.

E isso eu acho muito nobre nele. Ele não é pobre, mas também não é o tipo que tem dinheiro para esbanjar. Então calcula com cuidado quando pode me ver.

O que vejo, com muita frequência, é gente a viver de aparência. Na mesma conversa em que um homem fala da crise econômica, o homem também me diz que comprou um carro novo. Ou aqueles com um bom carro, recém-comprado, último modelo, só para superar o do vizinho. Ou conversas sobre casamentos arruinados, mas que não acabam por causa dos bens em comum do casal, por causa da vida estável e da imagem que ia passar para o resto das pessoas com quem convivem. Muito homem deixa de ter bens de grande necessidade para possuir bens de luxo. O que importa para eles é o que é visível, é o que podem usar para mostrar aos outros. E muito homem quer ter o que outro tem. Alguns deles até preferem comer as mesmas prostitutas, só para poderem se gabar uns com os outros.

Mas, voltando ao Alemão, esse homem é incrível. Quarta-feira, ou seja, ontem, quando apareceu, estava tão amável como da outra vez. Não é daquele tipo de pessoa amável que se torna pegajosa. Ele é amável na medida certa. Sentou-se na cama observando que eu tinha mudado os móveis do quarto ( ele não tinha aparecido depois disso ). Tirou duas caixas de dentro de um saco e pediu que eu abrisse, pedindo desculpas por não ter embrulhado. «Pra quê servem os embrulhos se vamos destruí-los?» - eu observei. Era uma prenda de Natal para mim, já que tanto ele quanto eu estaremos viajando nessa data, para destinos diferentes. Era um objecto de decoração, iluminado, uma graça. Agradeci-o com um beijo na sua face sedosa.

3ª dica: Seja amável, mas não seja pegajoso.


Conversamos um pouco, sentados na beirada da cama. Depois deitei suas costas e fui para cima dele. Fiquei dando-lhe beijinhos na sua cara, no seu pescoço, e mexendo no seu cabelo liso. Ele passou suas mãos por dentro do meu vestido e começou a acariciar meus seios. Peguei nas suas mãos para que se sentasse, e tirei sua camisola. Tirei a minha camisola que estava por cima do vestido ( ei, estava frio!!! ), mostrando o meu decote e os bicos dos meus peitos arrepiados. Depois de muitos carinhos, tiramos o resto da roupa e deitamo-nos normalmente na cama.

Ele me deu um beijo na boca que eu retribuí. Nunca tinha deixado ele me beijar antes. Se eu soubesse que ele beijava tão bem, não teria negado nas outras vezes. A língua dele é toda macia e é, possivelmente, um dos que melhor sabem beijar, até hoje.

Vi o seu contentamento depois de me beijar, mas eu fingi que fazíamos isso desde sempre.

A seguir ele começou a chupar o meu grelinho, e depois enfiou-me um dedo, delicadamente. Me segurei para não gozar, pois sei que ele gosta que eu goze com ele. Chupava meu peito, acariciava meu corpo, sempre com ternura.

4ª dica: Antes de sair metendo o dedo na vagina de uma mulher, certifique-se que tem as unhas curtas e que não estão a arranhar. E quando for tentar masturbar uma mulher, lembre-se que ela tem um corpo mais sensível. Se não souber como se faz, peça que ela lhe explique.


Como tenho medo de magoá-lo, já que tem o pénis grosso, geralmente é ele a colocar o preservativo. Mas dessa vez eu consegui colocar, com muito jeito. Fiz um broche leve, enquanto me deliciava a ouvir seus gemidos, e suas palavras que expressavam o quanto estava a ser prazeroso.

A seguir ele veio para cima de mim e meteu o pau. É verdade que é grande, mas ele é muito delicado, com movimentos leves, e sempre perguntando se não está a me magoar.




Parou um pouco, tirando o pau de dentro de mim, dizendo que estava tão cheio de tesão que podia acabar gozando logo. Vendo-me deitada do seu lado, começou a acariciar-me novamente.

E depois ficou na minha frente de joelhos, com as minhas pernas ao redor do seu corpo, e meteu.



Logo puxou-me, colocando-me em cima do seu colo.




Depois deitou as costas para trás e colocou-me a foder em cima dele. Estiquei minhas pernas, de modo a só movimentar o meu quadril.

Ele pediu para fazermos à canzana.




5ª dica: A posição acima, à canzana, costuma ser uma das preferidas pelos homens. Particularmente acho que a posição ideal é essa, em que a mulher tem as pernas por fora e o homem por dentro. Assim ela pode controlar a abertura de pernas do homem. Repare também que ele coloca as mãos na cintura dela, ajudando no movimento. Tem homem que tem mania de colocar a mão no rabo da mulher esticando-o. Depois reclama quando a mulher tem estrias.


Meteu de leve quando eu estava de quatro, e ia deitando meu corpo na cama, quase esticado, enquanto ele continuava a meter de leve. Não senti qualquer espécie de dor, e nem precisei de passar gel, pois mantive-me molhada o tempo todo. A seguir ele veio para cima de mim de novo e perguntou se já podíamos gozar. Eu disse que sim. Ele meteu, dessa vez sem segurar o gozo.

6ª e última dica: Faça do sexo uma dança sincronizada. Se gosta de mudar de posições, faça de modo natural, sem ter que fazer grandes contorcionismos ou ter que parar tudo para mudar a posição. É muito mais prazeroso quando sente-se que há uma sequência.





Assim que gozou, corri para a casa de banho. Tinha ficado com tanto tesão, que acabei tendo vontade de fazer xixi.




Paula Lee


About me

  • I'm Quatro Paredes
  • From Portugal
  • «Paula Lee, 24 an...Oh, não é necessário repetir meus dados, disponíveis no meu site.Escrevo um diário desde que comecei a prostituir-me, mas nunca pensei que publicaria um blog. Talvez porque seja mais simples escrever um livro, com histórias já acabadas, do que expor, em tempo real, o que vai surgindo, sem tempo para reflexões mais prolongadas.Gosto de usar a expressão "terapeuta sexual" porque atender um cliente envolve muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto devo abrir as pernas.»
  • My profile

Last posts

Archives

Minhas moradas:


Posts sobre...

Contos:

No divã:

    «Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós. Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.

    Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.

    Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:

    1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
    2- Me trate bem que ganhas um cliente.
    3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.

    Minhas respostas são as seguintes:

    1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princípios.
    2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
    3- Pouco me importa a aparência física ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convívio, relax e prazer.

    Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.

    Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.

    Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»

Outros links:

Trecos:


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

online

on-line



eXTReMe Tracker