Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo.



=> Simulação e massagem


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( Yuri Bonder )

Nessa semana o C.C., um "novo cli", chegou e perguntou quais eram as condições. Optou pela simulação, tempo de 1 hora.

É moreno, cabelo preto, simpático, olhos pequenos e misteriosos. Perguntei se já tinha feito isso - a simulação masculina - e ele disse que sim.

Tirei sua roupa devagar, reparando que tinha o peito frio. Quando estava sentado na beirada da cama, deitei suas costas e tirei seus boxers. Perguntei se queria que eu já vestisse o vibrador, mas ele disse que não. Então encamisei o seu pau, ajoelhei-me no chão e comecei o broche. Depois coloquei um preservativo num dedo e comecei a meter no seu cuzinho, enquanto continuava a chupar seu pau.

Fui para cima dele e meti seu pau na minha cona, sem perguntar se podia ou se queria. Depois aconselhei que nos deitássemos de forma direita na cama. Ele meteu um pouquinho na minha cona enquanto eu acariciava o seu corpo. «Faz muito tempo que não estou com uma mulher assim» - ele disse-me, com voz de gato. Perguntou o que iríamos fazer a seguir, enquanto ainda estava metendo em mim. Eu disse que faria o que ele desejasse. Ele empurrou a responsabilidade para mim, dizendo para que eu fizesse o que eu desejasse, mas eu adverti-o que deveria se abrir, manifestar sem receio o que queria. Então ele mudou a abordagem, perguntando o que eu costumava fazer a seguir. «Eu costumo vestir o vibrador e comer o homem de quatro.» Ele acedeu prontamente.

Vesti o vibrador, coloquei o preservativo e espalhei um pouco de gel, pois havia percebido com o dedo que ele era um pouco apertado. Ele ficou de quatro e eu agachei-me na cama para meter-lhe, mas vi que assim poderia magoá-lo, porque ele é bem mais alto que eu. Então tirei o vibrador do meu corpo e mirei no seu cu. Fiquei enfiando o vibrador, liguei a vibração e continuei empurrando com a mão. Perguntou se eu podia vesti-lo novamente e foi o que eu fiz, sem tirá-lo do seu cuzinho. Agora que já lá estava dentro, era mais fácil de continuar a meter. Pegou na minha mão e colocou no seu pau. Então, enquanto eu metia-lhe por trás, elogiando seu rabo redondo, também toquei-lhe uma punheta. Ele gozou deliciosamente.

- Agora cairia bem uma massagem, não é mesmo?

Ele concordou de imediato. Então depois de limpá-lo eu vesti-me ligeiramente para iniciar a massagem.

Comecei a espalhar óleo e a fazer movimentos leves, como é habitual em toda massagem. Notei que tem uma espécie de caroço nas costas, que possivelmente terá que ser retirado com alguma cirurgia. A seguir dei mais intensidade aos movimentos, usando um pouco mais de força, durante meia hora, utilizando a percepção do tato para reconhecer todas as necessidades do seu corpo. Aos poucos, fui sentindo os progressos, notando que suas tensões reduziam. Enquanto eu massageava, ele me fazia perguntas sobre o curso de massagem que tirei. Apesar de estar inicialmente muito tenso, seu corpo recebeu muito bem a massagem. Pedi que bebesse mais água nos próximos dias.

Quando acabei a massagem, ele disse: «Estou novo!»

Quando acabava de se vestir, focou-se na vela que eu tinha acesa, perguntando se era para algum tipo de santo. «Oh, não, essa vela é aromática. É que, mesmo sem querer, muitos clientes deixam seus odores, e essa vela é para isso. Se eu tivesse que acender vela para os santos, não seria dentro do quarto. E quando acendo, não é para pedir nada, só para agradecer.»

E por causa disso conversamos um pouco sobre espiritualidade. Ele disse que tem uma mãe de santa no Brasil. Citou que também é íntimo da Dona Maria Padilha, e notei que conhece todos os rituais. Pudemos falar sem qualquer tipo de preconceito sobre o assunto.

Falou também de uma menina "que não está mais entre nós". Logo me senti comovida, achando que a menina tinha morrido. Era uma menina que esteve mais de 5 anos em Portugal, mas que hoje já conseguiu ir para o Brasil e montar dois negócios. Ou seja, não morreu, só não está mais aqui em Portugal. Hoje ela também conheceu um homem com quem namora lá no Brasil, e que por acaso é português. «Às vezes ela atendia no apartamento dela, e eu ficava na cozinha, até ela acabar de atender o cliente. Ela era assim como você, muito discreta.» Percebi que ele tem uma grande ternura por ela, e que sente saudade, mas que, em primeiro lugar, está contente por ela estar bem. Assim como também fiquei contente por ela, mesmo sem conhecê-la.

Disse que, quando falou com a mãe de santa, pediu:
- Arranja uma mulher para mim!
- Arranjar eu não posso.
- disse a mãe de santa. - Mas posso te alugar uma.

- E foi assim que eu cheguei até você. - ele finalizou a história que me contava.

E no dia seguinte, muito terno, simpático e notavelmente bem disposto, ligou para agradecer do tratamento do dia anterior.



Paula Lee


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  • I'm Quatro Paredes
  • From Portugal
  • «Paula Lee, 24 an...Oh, não é necessário repetir meus dados, disponíveis no meu site.Escrevo um diário desde que comecei a prostituir-me, mas nunca pensei que publicaria um blog. Talvez porque seja mais simples escrever um livro, com histórias já acabadas, do que expor, em tempo real, o que vai surgindo, sem tempo para reflexões mais prolongadas.Gosto de usar a expressão "terapeuta sexual" porque atender um cliente envolve muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto devo abrir as pernas.»
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No divã:

    «Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós. Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.

    Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.

    Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:

    1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
    2- Me trate bem que ganhas um cliente.
    3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.

    Minhas respostas são as seguintes:

    1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princípios.
    2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
    3- Pouco me importa a aparência física ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convívio, relax e prazer.

    Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.

    Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.

    Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»

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