Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo.



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Hoje vai ser difícil trabalhar à tarde, porque tenho tanta coisa para resolver no centro da cidade que quase serei capaz de ter uma síncope.

Tenho hora marcada no salão ( onde não vou desde a semana passada, eu sei, é uma vergonha, mas com a turbulência dos últimos dias foi mesmo impossível ). Vou até levar um livro, porque assim eu esqueço que estou dentro de um salão de beleza. ( Eu já disse aqui que não gosto de salões de beleza ). Espero que ninguém repare que estarei a ler um livro erótico.

Também tenho que ir no meu segundo Banco - tenho duas contas bancárias, sendo uma para os movimentos gerais e fundos de investimento e a segunda para ficar parada, só para o caso de alguma emergência. Só que, como quase nunca uso essa segunda conta, ela está completamente pobre, não tendo nem mesmo o valor mínimo. Vou depositar o que falta, para não ficarem descontando um valor anual. Eu relaciono o dinheiro com as fodas. Quando compro uma coisa, logo penso: «Oh, isso me custa X fodas». E esse valor anual que é descontado à toa me custa meia foda de ejaculação precoce. Não é nada, não é nada, mas é meu. Falando nisso, a minha amiga D. me contou de um gajo lá no Fundão que entende tudo de aplicações financeiras. Tenho que conhecer esse gajo.

E falando na D., já comprei a prenda de Natal dela e das outras meninas, mas me falta comprar a prenda para a filha dela. Oh, só de pensar que já nessa sexta-feira eu viajo!!! Acho que vou à tarde, porque pelo menos poderei passar no salão antes para retocar minhas raízes ( não sou loira natural, como uns 80% das loiras, e não escondo isso. Eu nem era loira antes. Quem me persuadiu a ser loira foi a dona do primeiro puteiro onde trabalhei. Ela olhou para a minha cara e disse: «Minha filha, você vai ter que ser loira amanhã!!! Pode deixar que eu marco o salão para você.» Nunca imaginei que alguém com o cabelo tão preto e orgulhosamente brilhoso convenceria uma outra a ser loira. Fui contrariada, mas depois de muita relutância tive que dar o braço a torcer e concordei que era o melhor tom que combinava comigo ).

E tenho que me lembrar também da minha família - sim, eu tenho família também, não sabia? - e mandar uma graninha para comprarem as prendas por lá, porque se eu enviar as prendas daqui não chegará a tempo. Ainda mais nessa época de Natal, quando os correios costumam ser mais lentos. Mas mesmo assim ainda terei que passar no correio, para enviar dezenas de cartões de Natal.

Quando eu voltar da rua vou pretendo colocar um post sobre o gatinho universitário que atendi essa semana, e sobre as manipulações que um cliente - ou mesmo um homem - pode sofrer.

Hoje, por volta das 10:30, já resolvi uma coisa importante, que por enquanto ainda não posso contar. É relacionada com a novidade que trarei daqui a alguns dias.

Paula Lee


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  • I'm Quatro Paredes
  • From Portugal
  • «Paula Lee, 24 an...Oh, não é necessário repetir meus dados, disponíveis no meu site.Escrevo um diário desde que comecei a prostituir-me, mas nunca pensei que publicaria um blog. Talvez porque seja mais simples escrever um livro, com histórias já acabadas, do que expor, em tempo real, o que vai surgindo, sem tempo para reflexões mais prolongadas.Gosto de usar a expressão "terapeuta sexual" porque atender um cliente envolve muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto devo abrir as pernas.»
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    «Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós. Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.

    Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.

    Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:

    1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
    2- Me trate bem que ganhas um cliente.
    3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.

    Minhas respostas são as seguintes:

    1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princípios.
    2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
    3- Pouco me importa a aparência física ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convívio, relax e prazer.

    Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.

    Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.

    Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»

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