Já é meia-noite, portanto já é dia 16.
Faz hoje exactamente um mês que resolvi publicar meus relatos nesse blog.
Preciso de fazer muitos agradecimentos.
+ Agradecer aos meus clientes antigos e aos meus novos clientes, principalmente aqueles que compreendem que não se toca um corpo sem alma, a não ser que o mesmo esteja morto.
+ Agradecer o carinho de todas as pessoas que me parabenizaram pelo blog, seja através de e-mails lindíssimos, conversas não muito demoradas no msn ou por telefone. Notei que algumas pessoas ficaram um pouco constrangidas a me contactar, esperando que eu não fosse tão receptiva pelo facto de não serem ainda - ou muitos talvez nem venham a ser - meus clientes, mas isso não importa. Apesar de ter recebido muitos clientes em função da curiosidade despertada pelo que escrevo aqui, o objectivo principal não é esse. Principalmente porque tenho a certeza que nunca é bom fazer um programa com uma pessoa que é motivada apenas pela curiosidade. O programa pode ser maravilhoso quando um homem me procura porque está carente, porque quer carinho, porque necessita de desabafar, porque quer convívio, ou até porque precisa de dar uma gozada urgente, etc. Mas "porque está curioso" nunca é uma motivação suficiente para que o programa corra tão bem. Portanto, nem precisam de ficar constrangidos. Alguns já notaram, mesmo nas conversas no msn que, se não são eles a perguntar sobre os programas, não sou eu a falar do assunto.
+ Agradecer aos visitantes, muitos deles que passam aqui diariamente para saber das minhas peripécias e àqueles que andam divulgando o meu blog por aí. ( E agradecer também aos visitantes tímidos, que nunca deram um «olá». Não conheço vocês, mas agradeço a visita e espero que estejam se divertindo. Se não estivessem, acredito que não voltariam, não é? )
+ E agradecer a Deus, por estar sempre atento.
- Com os e-mails estou em dia, mas tenho que pedir algumas desculpas. Primeiro, àqueles que ainda não conseguiram estar comigo ( eu sou só uma... Lembrei agora de alguns donos de boîtes onde eu trabalhei, que coincidentemente brincavam com a mesma ideia, incitando que precisavam de urgentemente mandar fazer alguns clones meus. ) E pedir desculpas à algumas pessoas no msn. Quando entro não posso demorar muito - tempo clientes para atender, meus amores - e muitas vezes não é possível dar atenção individual para todos, porque sempre que entro abrem mais de 20 janelas ao mesmo tempo.
Foram 40 posts em um mês, mais de 125 visitas novas por dia, (ou 159 por dia, segundo o Site Meter ) e tive que mudar de e-mail, porque o outro não estava dando conta. O feedback foi melhor do que o que eu contava.
Paula Lee
«Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós.
Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.
Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.
Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:
1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
2- Me trate bem que ganhas um cliente.
3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.
Minhas respostas são as seguintes:
1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princÃpios.
2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
3- Pouco me importa a aparência fÃsica ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convÃvio, relax e prazer.
Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.
Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.
Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»