Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo.



=> Foda de escorpioninos


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Dia desses atendi inúmeras chamadas, mas o primeiro cliente só veio às 15h. Tem dias que é assim. Passamos certos períodos do dia livre, mas bastando vir uma pessoa, começam a vir as outras. Isso quando não quer toda gente vir no mesmo horário, como se tivessem combinado telepaticamente.

Mas o dia começou muito bem, porque foi com o P., aquele meu cliente gostosíssimo, vendedor de bebidas. Como eu previa, chegou de terno e gravata.

- Agora vais me dar mais trabalho a despir-te... - eu observei.

Estivemos um tempo conversando, misteriosamente muito alegres, como se tivéssemos ganhado no Euromilhões. Mas nossas conversas são quase sempre as mesmas, com uma ou outra alteração. Não entramos muito na intimidade um do outro. Ou melhor dizendo, só entramos na intimidade sexual um do outro.

Tem ejaculação precoce, mas paga para 20 minutos, porque gosta de um bom jogo de sedução. Consigo fazer que ele segure o gozo até o último minuto.

Abraçamo-nos e ele encostou-me no armário, começando a esfregar-se em mim. Simulamos uma foda em pé, mas vestidos.

Ele sentou-se e eu comecei a acariciar suas pernas e seu tronco, mas com cuidado para não amarrotá-lo.

Esqueci de colocar meu telemóvel no silêncio. Então propositadamente, e querendo provocá-lo, sentei-me com o rabo no seu colo enquanto mudava o modo do telefone. Coloquei o telemóvel perto da televisão e voltei para ele.

Como somos dois escorpioninos, sempre rola uma leve dominação no atendimento, porque fui descobrindo que ele gosta. Ele nunca me deu a entender nada, nunca foi de conversar muito. Prefere a conversa dos corpos, do cheiro, das mãos, da língua, do sabor.

Desapertei seus botões, um a um. Quando coloquei-lhe de cuecas, tirei seu pau pra fora e comecei a bater com ele de leve nos meus seios. Ele ficou louco de tesão e levantou-se.

Começamos a nos despir. Notando que era o que ele queria, peguei nos seus tomates com mais força que o habitual, puxando-os para cima.

Coloquei o preservativo, observando que o pau dele parecia ter crescido nos últimos dias. Colocou-me de quatro na beirada da cama e meteu na minha coninha. Mas não esteve ali muito tempo, parando para não gozar logo. Deitou-me na cama e veio com o seu pau para perto da minha cara. Fiz-lhe um broche, depois tirei da minha boca e bati com ele no meu braço e no meu corpo. Com a outra mão eu apertava os seus tomates. Então ele veio para cima de mim e meteu. Eu tinha a perna esquerda esticada e a direita dobrada, enquanto ele metia. Gozou e sorriu de contentamento.

Cinco ou dez minutos depois de ele ter ido embora, atendi o meu próximo cliente. Nem tive tempo de apreciar mentalmente as lembranças daquela foda.

Paula Lee


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  • I'm Quatro Paredes
  • From Portugal
  • «Paula Lee, 24 an...Oh, não é necessário repetir meus dados, disponíveis no meu site.Escrevo um diário desde que comecei a prostituir-me, mas nunca pensei que publicaria um blog. Talvez porque seja mais simples escrever um livro, com histórias já acabadas, do que expor, em tempo real, o que vai surgindo, sem tempo para reflexões mais prolongadas.Gosto de usar a expressão "terapeuta sexual" porque atender um cliente envolve muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto devo abrir as pernas.»
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    «Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós. Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.

    Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.

    Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:

    1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
    2- Me trate bem que ganhas um cliente.
    3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.

    Minhas respostas são as seguintes:

    1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princípios.
    2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
    3- Pouco me importa a aparência física ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convívio, relax e prazer.

    Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.

    Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.

    Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»

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