Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo.



=> Uma hora e meia atrás ele era virgem


E-mail this post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



( Yuri Bonder )

Terça-feira agitada nessa manhã.

Dez e um quarto:


Abri os olhos e fiquei contente por ver que o relógio marcava 10 e qualquer coisa ainda. Foi o dia que consegui acordar mais cedo. Estou com meu sono todo trocado.

Mal saí da cama, o som do intercomunicador tocava longa e bravamente. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes! A possibilidade de que fosse um cliente era pequena, porque aconselho sempre a me ligarem para marcar, porque, em muitos casos, podia estar ocupada.

Lembrei-me que o meu senhorio ficou de passar por aqui essa manhã. Como não tinha marcado horário, e eu sem horários fixos não consigo me organizar, não imaginei que viesse tão "cedo".

O telefone tocou e era mesmo ele. Menti-lhe que estava no banho. Ele pediu desculpas e disse que em dois ou três minutos apareceria. Dois ou três minutos. O que conseguiria fazer em 2 ou três minutos?

Dei uma arrumada na sala, verificando que não deixava qualquer vestígio da minha actividade, apesar de no fundo acreditar que ele sabe. Tirei o saco dos preservativos que tinha comprado de cima do sofá. Fui para o banho, coloquei um fato de treino e quando ouvi novamente o som do intercomunicador eu ainda nem estava completamente vestida.

Quinze para as onze:


Coloquei um casaco longo, para esconder que estava sem sutien e abri a porta. Afinal ele não demorou 2 ou 3 minutos, mas tive que me despachar com muita pressa para que tudo parecesse "normal".

Apesar de ter-lhe dito ontem que estava procurando por um apartamento nas Caldas da Rainha, e que pretendia já lá estar instalada em janeiro, fiquei com a sensação de que ele esperava que eu lhe pagasse hoje. Mas eu dei o calção, e se o pagasse, só poderia me mudar em fevereiro. Esclareci que dia 16 eu ia nas Caldas fazer as visitas aos apartamentos, porque meu amigo e cliente Dr.J. - que ficou muito contente com a notícia - iria me ajudar na procura.

Mostrou-se triste por eu me mudar. Não conheço ninguém que tenha ficado tanto tempo nesse apartamento como eu, porque é muito caro comparativamente aos outros da cidade, e dado que não tem elevador, não tem varanda, é um T1 disfarçado de T2 ( tem uma parede falsa na sala, que cria um outro quarto, muito pequenino, que mal cabe uma cama de solteiro ) e não fica numa zona central da cidade. Mas me parece que todos os apartamentos desse prédio são caros. O primeiro andar vive com anúncio de "aluga-se", e quando chega alguém, não fica mais de 2 ou 3 meses e vai embora. As últimas meninas que moraram aqui no meu apartamento, segundo sei, foram despejadas por falta de pagamento. E quanto a isso ele sempre esteve tranquilo comigo. Ele já precisou viajar no fim do mês e só retornar no meio do mês seguinte, e eu sempre me mostrei apta a pagar antes da data certa, ou seja, início do mês. E quando eu viajo para o Brasil, ficando apenas por um mês, deixo sempre dois meses pagos da renda, mesmo contando que ainda chegaria antes da data do pagamento.

Pediu que eu desse uma posição no dia 16, e, caso me mude, perguntou se poderia trazer pessoas para mostrar o apartamento. Sem mostrar que estava contrariada, concordei, desde que marcasse os dias e horários. A partir desse dia terei que ainda ter muito mais cuidado. Atrapalhará meu trabalho e terei que esconder todas as caixas de preservativo, gel lubrificante, etc.

Disse-lhe ainda que veria se conhecia alguém que quisesse ficar com o apartamento. Ele respondeu que se fosse assim se sentiria muito mais seguro, pois já me conhecia e tinha confiança em mim. Oh, isso não é nada seguro! Eu sou eu, e nem todas as pessoas são tão certas com os seus compromissos como eu sou!

Onze e vinte:


Meu senhorio foi embora e alguns minutos depois atendi um cliente. Foi um cliente rápido, já conhecido, que nem vale a pena contar. Se resume em: chegou, pagou, tirou a roupa, coloquei o preservativo, fiz o broche, gozou.

Antes disso eu havia atendido o telefone de um rapaz que já havia me ligado ontem. Dizia que queria conversar muito comigo. Eu disse que não abria a porta só para conversar - ou melhor, conversar sem receber nada em troca - mas ele pediu desculpas, dizendo que não era só para isso, que tinha se expressado mal. Reconheci a sua voz hoje. Eu disse-lhe que só estaria disponível em meia hora. Era o tempo de atender o cliente rapidinho, ir no mercado e tomar meu pequeno-almoço.

Quando estava no mercado, o telefone tocou e pelo número final reconheci que seria ele. Não atendi. A seguir ligaram de um novo número, mas, como ainda saía do mercado, pedi que o gajo me ligasse em 5 minutos.

Chegando em casa o telefone tocou novamente e era o primeiro rapazito. Disse-lhe que ainda não tinha dado meia hora e ele pediu muitas desculpas. Aliás, sempre foi muito educado, em todas as ligações. Eu disse que poderia vir, desde que não se importasse que eu tomasse o pequeno almoço enquanto conversássemos. Já tinha conversado longamente com o meu senhorio e até já havia atendido um cliente em jejum, e agora precisava mesmo de tomar alguma coisa. Ele disse que não se importava, então dei as indicações para que subisse.

Onze e quarenta:


Quando chegou, a primeira pergunta que fiz foi se já tinha 18 anos. Disse que sim. A segunda pergunta foi se teria como prová-lo, e ele mostrou-me sua carta de condução. Faz 19 no mês que vem. Pedi que se sentasse, e a terceira pergunta foi se desejava tomar o pequeno almoço comigo, mas ele não quis. A quarta pergunta foi se ele era adepto de dominação - tinha todo um ar de quem gosta de ser dominado - mas ele não respondeu nessa altura, me contando então porque vinha.

Era virgem. Apesar de ter estado com várias mulheres e de terem evoluído muito nos contactos físicos, nunca chegaram a fazer sexo. Decidiu que a primeira vez teria que ser com alguém mais experiente. Conversamos muito, e fiz muitas perguntas enquanto ainda tomava meu pequeno almoço.

Meio dia dirigimo-nos ao quarto. Comecei por abraçá-lo, e já nessa altura senti o seu pau duro. Despi-o devagar. Disse-me que gostava de ser dominado. Expliquei-lhe o que consistiam os vários tipos de dominação, e ele percebeu que não era o seu caso. O que gostava era de ser dominado por uma mulher no sentido de ser ela a tomar as iniciativas.

Ele queria que eu começasse com uma massagem. Geralmente faço a massagem por último quando sobra tempo, mas como era a primeira vez dele, estava certo em primeiro querer se descontrair e espantar a tensão.

É um rapaz muito bonito. Melhor dizendo, lindo. Rosto perfeito. Corpo bem tratado pelo desporto, que pratica religiosamente aos fins-de-semana. Pele branca, cabelos pretos bem arrumados com gel, olhos pequenos e doces, boca ligeiramente carnuda, nariz certinho. Cheiroso toda a vida. ( Seu cheiro ainda está no meu corpo, mas não estou com vontade de livrar-me dele ). Mas além da sua beleza extravagante e da sua elegância, o que me surpreendeu mesmo foi a sua maturidade e a sua postura. E além disso, é uma pessoa cativante.

Ficou só de boxers, brancas, e pedi que deitasse para eu massagear suas costas com óleo. Como é desportista, fiz uma massagem basicamente para o relax muscular.

Depois de tirar o excesso do óleo, instruí para que se virasse devagar. Perguntei se já estaria pronto, e ele disse que sim. Comecei a dar-lhe beijinhos nos ombros, no pescoço, no peito e na barriga. Coloquei um preservativo no seu pau grande e iniciei o broche, não muito demorado, pois corria o risco de que ele gozasse logo, já que era a sua primeira vez. Quando fui para cima dele, afirmei que alguém já lhe tinha feito sexo oral, e ele ficou surpreso por eu saber disso. Uma das características que desenvolvemos com o nosso trabalho é a intuição. E existem dois tipos de intuição. Uma é aquela gerada pelo pressentimento. Mas a intuição que tinha nesse caso era gerada pela experiência. Já tirei muitas virgindades, e já sou quase expert nisso. ( Desde que tenha mais de 18 anos, óbvio, pois não sou pedófila. Certa vez chegou aqui um rapaz e, pelo seu B.I. descobri que ele ainda faria 18 anos no dia seguinte. «Volta amanhã então.» - foi o que eu disse. Ele ficou fodido comigo e não voltou. )

Enfiei seu pau para dentro da minha cona, e como - confesso - eu já estava toda molhadinha, nem doeu. Fui bem devagar, com muito carinho.

Ele gozou e depois ficamos a conversar sobre a importância da primeira vez. Não dava para voltar o tempo alguns minutos atrás e voltar a ser virgem. Não estava arrependido, e havia gostado muito. Me proferiu diversos elogios, desde a hora que entrou até a hora que saiu.

Também manteve as mãos frias durante todo o tempo, contrastando com seu corpo quente, quase a ferver.

É um rapaz muito meigo e delicado. E um pouco tímido, apesar de ser bom falador. Do tipo falador que sabe falar, do tipo falador que não fala muito, mas acompanha muito bem uma conversa e desenvolve seu raciocínio com muita maturidade.

Na primeira foda parecia tremer um pouco, e seu coração disparava.

Depois de conversarmos um bom bocado, nus, um do lado do outro, perguntei se gostaria de dar uma segunda. Ele disse que, se eu permitisse, adoraria. Toda a sua forma de falar demonstrava uma grande cortesia, educação, gentileza.

Fiz um broche mais longo dessa vez. Depois instruí que viesse por cima de mim. Depois fizemos à canzana. Depois eu fui por cima dele. Depois ele pediu que fizesse mais um broche, que fiz, acompanhado de uma leve punheta. Pediu que eu fosse novamente por cima dele e gozou.

Depois de perguntar-lhe se agora iria praticar com suas namoradinhas, ele disse-me que não era para isso que tinha vindo perder a virgindade. Veio porque havia decidido que era a altura certa. O que acontecer agora, nos seus próximos dias, será apenas uma consequência.


Uma e dez da tarde:


O outro homem que já tinha me ligado quando eu estava no mercado, ligou um minuto antes do "doce virgem", chegar. Tinha me dito que já estava perto do meu prédio. Como já estava, se eu ainda não havia lhe dado as informações? Só então confessou que já havia falado comigo outro dia. Eu disse que não poderia atender-lhe, e que não sabia ainda quanto tempo estaria ocupada.

Ligou novamente quando eu estava livre, perguntando se já podia atendê-lo, porque estava mesmo em frente. Se estivesse mesmo em frente, estaria na cabine telefónica que tem em frente ao meu prédio. Ligava de um número fixo, mas o prefixo não era daqui da cidade. Então, colocando em dúvida a veracidade do que me afirmava, disse que era melhor não atendê-lo. Antes que pudesse completar a frase, desligou o telefone.

Paula Lee


About me

  • I'm Quatro Paredes
  • From Portugal
  • «Paula Lee, 24 an...Oh, não é necessário repetir meus dados, disponíveis no meu site.Escrevo um diário desde que comecei a prostituir-me, mas nunca pensei que publicaria um blog. Talvez porque seja mais simples escrever um livro, com histórias já acabadas, do que expor, em tempo real, o que vai surgindo, sem tempo para reflexões mais prolongadas.Gosto de usar a expressão "terapeuta sexual" porque atender um cliente envolve muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto devo abrir as pernas.»
  • My profile

Previous posts

Archives

Minhas moradas:


Posts sobre...

Contos:

No divã:

    «Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós. Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.

    Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.

    Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:

    1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
    2- Me trate bem que ganhas um cliente.
    3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.

    Minhas respostas são as seguintes:

    1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princípios.
    2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
    3- Pouco me importa a aparência física ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convívio, relax e prazer.

    Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.

    Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.

    Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»

Outros links:

Trecos:


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

online

on-line



eXTReMe Tracker