Prostituta, garota de programa, acompanhante, cortesã, amante profissional, rameira, mulher da noite, meretriz, quenga, menina de convívio. São muitos nomes para a mesma função: terapeuta sexual. Porque, na realidade, uma mulher que trabalha com sexo não trabalha apenas com sexo.



=> Sexo Anal


E-mail this post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



Muita gente me pergunta se faço sexo anal. A resposta até hoje tem sido categórica: "Não".

Muitos querem saber por quê eu não faço sexo anal. Bem, a verdade é que, quando comecei a exercer essa actividade, não tinha muita experiência com o sexo. Não vou dizer que era quase uma santa; eu era até bem taradinha. Mas tive apenas 3 homens antes de "entrar na noite".

O meu primeiro foi um amor, em todos os sentidos. Nem acreditava que eu era virgem quando lhe contei, apesar de ter estranhado que eu permitisse que me tocasse em certas partes do corpo e que em outras eu meio que bloqueasse. Mas foi muito carinhoso, muito atencioso, e fez tudo com muito jeitinho. Eu já tinha decidido que ele seria o meu primeiro, só não tinha dito quando seria. Ele não me apressou, não me pressionou... nada. Um dia eu cheguei no apartamento dele e disse que estava pronta. Sua face mostrou uma grande surpresa e contentamento. Foi todo meigo a me despir, me deu a primeira chupada da minha vida, meteu com cuidado. Não sangrei.

Quando me mudei de cidade, tive meu segundo namorado. Beijava mal, metia mal... tudo mal. Mas era natural que eu achasse isso, depois de ter tido um homem tão maravilhoso na minha cama.

Quando eu tive o meu terceiro parceiro sexual, já me achava uma expert na cama. Tanto que, apesar de ele ser dois anos mais velho que eu, tive que tirar-lhe a virgindade. Eu não ia dar para ele, era apenas um carinha com quem eu saía e dava uns beijos. Aliás, eu saía para dar uns beijos em muitos homens, mas para chegar ao ponto de fazer sexo tinha que haver um envolvimento muito maior. Digo, envolvimento emocional. Porém, quando eu soube que ele ainda era virgem, senti como se fosse aquela a minha missão na vida dele: tirar-lhe a virgindade, apresentar-lhe os prazeres da carne. Resolvi fazer-lhe essa "caridade" e o bichinho adorou aquilo. Depois que ele experimentou o que era uma buceta ( eu estava no Brasil, por isso não cai bem dizer "cona" nesse momento ) parecia já não querer outra coisa na vida. Queria fazer sexo quase a todo o instante. E foi por isso que o deixei. A minha missão já estava cumprida.

Quando surgiu a oportunidade de vir para Portugal, foi tudo muito rápido. Eu não tive tempo de dar o cu para ninguém.

E eu não queria perder as pregas do meu cu com um cliente.

Mas se quer saber, eu admiro pra caramba essas mulheres que fazem tudo, que não têm frescura para dar o cuzinho.

Algum tempo atrás, eu estava estudando uma proposta para trabalhar num outro país. Lá eu daria o cu, porque o preço era aliciante. Então resolvi perder as minhas pregas, para não chegar despreparada. Decidi que ia dar o meu cu para um cliente meu, e já sabia quem seria o premiado. Ia ser o P. um vendedor de bebidas, um dos mais gostosos que eu tenho. Tem 40 anos, corpinho de 25, moreno, bonito, charmoso, elegante. Como eu, é do signo de escorpião, então preza todo aquele jogo de sedução no acto sexual. Pra ter uma ideia, é um dos únicos que eu até beijo na boca. Ele tem outra vantagem: é rapidinho e não tem o pau muito grande. Afinal, eu queria apenas tirar a virgindade do meu cu, não queria ficar com um túnel aberto no meio do rabo. Ele ficou todo feliz quando eu disse que ia tentar fazer sexo anal com ele. Passei ky no cu e no preservativo, mas quando ele tentava meter eu disse que estava doendo muito e resolvi desistir. Tadinho, e olha que ele até merecia, porque, além de ser gostoso, também é um cliente bem assíduo. Mas meu cu é muito apertado, parece que até foi costurado.

Não contente por não ter dado o cu para ele, um dia eu decidi que seria eu mesma a tirar a minha própria virgindade. Acendi velas no quarto, deixei uma iluminação média, despi-me e me masturbei até ficar cheia de tesão. Quando não aguentava mais, comecei a tentar enfiar o dedinho no meu cu, mas doía muito. Peguei meu vibrador, coloquei-lhe um preservativo, passei ky - tanto no vibrador quanto no meu cu - e tentei meter. Não consegui. Não entrava. Eu sou tão boa a meter nos homens que me procuram para fazer simulação masculina, como posso ser capaz de não ser boa a meter no meu próprio cu? Depois de mais algumas tentativas frustradas eu desisti. Resolvi acabar de me masturbar para dar logo uma gozada.

O P. ainda apareceu aqui depois, dizendo que ia fazer com jeitinho. Mas era um dia que eu não estava com intenções de tentar dar o cu. Eu conheço o meu corpo, e sei quando ele está receptivo ou não. Eu não devia contar isso aqui, mas, sem nunca fazer anal, eu já costumo ter hemorróidas uma vez por ano. Tão misteriosamente quanto aparece, também some. Mas incomoda pra caralho! Já notei que só tenho hemorróidas quando fico muito nervosa. Meu medo é de dar o cu e ficar com hemorróidas.

Essa semana no msn, uma pessoa me pergunta:
- Você faz anal?
- Não.
- Por quê? Não gostas?
- Não faço.


Recentemente recebi uma proposta de uma agência que trabalha com despedidas de solteiros e festas. Apesar de não gostar de alinhar em esquemas desses, fiquei surpresa em saber que eu não seria admitida porque não sou completa.

Tive vontade de brincar como faço com os clientes, a dizer: «Eu sou completa sim! Tenho dois braços, duas pernas, um nariz... acho que não me falta nada!»

Mas quase tudo tem o seu preço. Quer fazer sexo anal? Tudo bem, mas são 200 rosas... [ Existem coisas que não têm preço. Para todas as outras existe o Mastercard :) ]

Assim já não tenho que ficar dando desculpas sobre as minhas motivações para não fazer sexo anal. Não sei se gosto de sexo anal, mas sei que gosto de dinheiro.

Então eu estava conversando com um cliente - aquele que me deu as argolas - e contei para ele que faria sexo anal por duzentinhos. Foi uma conversa despropositada, sem segundas intenções, e fiquei surpresa quando ele disse-me que queria ser meu primeiro cliente.

Aos seus 65 anos de idade, ele nunca tinha comido o cu de ninguém, por isso ia ser a primeira vez dele também. Eu juro que eu tentei, em várias posições. Mas como o pau dele não é 100% duro, não era tão fácil. Chegou uma hora que ele estava tão cheio de tesão que pediu para comer a minha rata, mas que eu não me preocupasse que ficava pelo mesmo valor que tínhamos tratado para ele comer meu cu. Negócio fechado. Nessa altura ele estava no chão, em pé atrás de mim e eu estava de joelhos na cama, com um travesseiro embaixo de cada joelho, para dar altura. Então ele meteu na minha cona, e gozou em menos de 20 segundos.

Ainda não sei se estou preparada para tentar novamente. Ou se irei tentar novamente. Acho que o sexo deve ser feito com prazer e para o prazer. É claro que não tenho orgasmos com muitos dos meus clientes. Com alguns deles, nem tenciono ter. ( Com outros eu não resisto e acabo gozando; outros ainda, eu acabo não conseguindo gozar, mas toco uma siririca quando eles vão embora ). Mas prazer, para mim, é também sinônimo de conforto. Tenho que me sentir confortável, à vontade.

Tudo isso para contar que, afinal, eu continuo virgem.


Paula Lee.


About me

  • I'm Quatro Paredes
  • From Portugal
  • «Paula Lee, 24 an...Oh, não é necessário repetir meus dados, disponíveis no meu site.Escrevo um diário desde que comecei a prostituir-me, mas nunca pensei que publicaria um blog. Talvez porque seja mais simples escrever um livro, com histórias já acabadas, do que expor, em tempo real, o que vai surgindo, sem tempo para reflexões mais prolongadas.Gosto de usar a expressão "terapeuta sexual" porque atender um cliente envolve muito mais do que uma simples equação geométrica para saber o quanto devo abrir as pernas.»
  • My profile

Previous posts

Archives

Minhas moradas:


Posts sobre...

Contos:

No divã:

    «Costumo dizer que somos para as pessoas um reflexo do que elas são para nós. Alguns clientes me ligam e perguntam como vou atendê-los. A resposta é simples: eu não sei. E não tenho como saber, até o momento em que ele estiver comigo. Há todo um procedimento de descontracção e de relax, quando o cliente está predisposto para tal.

    Posso dizer que sou selectiva com os meus clientes. O que selecciono não é aparência ou a posição social. O que prezo é a postura, o respeito, etc. Não é porque faço esse trabalho ou porque me pagam que sou obrigada a atender quem não quero. Quanto maior é o tempo que gastamos com as pessoas desagradáveis, menor é o que temos para as que nos agradam.

    Não sou levada por conversas ou chantagens do tipo:

    1- Me faça mais isso ou aquilo que te dou mais dinheiro.
    2- Me trate bem que ganhas um cliente.
    3- Me atenda agora porque sou um gajo bonito e você não vai se arrepender.

    Minhas respostas são as seguintes:

    1- Comigo o cliente não tem sempre razão. O corpo é meu e faço dele o que bem entender. Quando um cliente vem, está consciente das minhas condições. Não há dinheiro no mundo que me suborne, ou que faça que eu vá contra os meus princípios.
    2- Não preciso que me induzam a tratá-los bem. Como digo, é um reflexo. Se o cliente for um bom homem enquanto ser humano, será tratado bem. Não será tratado como os outros, nem melhor, nem pior, independente do dinheiro que me dê. Será tratado como uma pessoa única.
    3- Pouco me importa a aparência física ou a condição social. Não trabalho só para homens bonitos ou só para homens muito ricos. Trabalho para aqueles que podem recompensar o meu tempo, em troca de um momento de convívio, relax e prazer.

    Em geral, tenho muitos e bons clientes, meiguinhos, educados, simpáticos (etc), o que faz com que o meu trabalho seja menos desconfortável. Tudo isso graças ao facto de ter aprendido a ser selectiva. Atendo, numa primeira vez, pelo menos 99% dos clientes que me procuram. Tiveram o trabalho de ler o jornal, de me ligar, de achar meu endereço, de subir e bater à porta. Mas nada me obriga a atendê-los uma segunda vez.

    Talvez por causa dessa minha postura, muito rara é a ocasião de aparecer alguém que eu não queira atender. Só tenho que agradecer muito a Deus pelos clientes maravilhosos que tenho.

    Com esse blog que também serve de terapia para os clientes, sento-me no divã e posso avaliar intimamente o passar do tempo e as experiências adquiridas.»

Outros links:

Trecos:


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

online

on-line



eXTReMe Tracker